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TESTEMUNHO
Pois
para isto é que fostes chamados, porque também o Cristo padeceu por vós,
deixando-vos exemplo para que lhe sigais as pegadas.
Pedro (I PEDRO, 2 :21).
Muitos
se queixam da luta moral em que se sentem envolvidos, depois da aceitação do
Evangelho.
Em
caminhos diferentes, sentem-se modificados.
Não
mais mergulham nas correntes escuras da vaidade.
Não
mais se comprazem no orgulho.
Não
mais se compadecem com o egoísmo.
Não
mais rendem culto à discórdia.
E, por
isso, de alma desenfaixada, por perderem velhos envoltórios da ilusão,
reconhecem que a sensibilidade se lhes aguça, agravando-lhes as aflições na
romagem do mundo.
Sentem-se
expostos a doloroso processo de burilamento e admitem padecer, mais que os
outros, angustiosas provas. Mas, na sublimação espiritual de que oferecem
testemunho, outros filhos da Terra tomam contato com a Boa Nova, descobrindo
as excelsitudes da vida cristã e estendendo-lhe a luz divina.
Se nos
encontrarmos, pois, em extremos desajustes na vida íntima, à face dos problemas
suscitados pela fé, saibamos superar corajosamente os conflitos da senda,
optando sempre pelo sacrifício de nós mesmos, em favor do bem geral, de vez que
não fomos trazidos à comunhão com Jesus, simplesmente para o ato de crer, mas para
contribuir na extensão do Reino de Deus, ao preço de nossa própria renovação.
Ninguém
recue, diante do sofrimento. Aprendamos a usá-lo, na edificação da vida mais
eficiente, em frutos de paz e luz, serviço e fraternidade, bom ânimo e alegria,
porque, segundo o Evangelho, "a isso fomos chamados", com o exemplo
do Divino Mestre, que renunciou em nosso benefício, deixando-nos o padrão de
altura espiritual que nos compete atingir.
NOSSA REFLEXÃO
O
contato com o Evangelho e participação de grupos de estudos ou de obras sociais
não nos isenta de sofrer os processos da vida reencarnatória, que é em geral,
num mundo de provas e expiações, são sofridos.
Em
verdade, como Emmanuel nos afirma nesta mensagem, “[...] não fomos trazidos à
comunhão com Jesus, simplesmente para o ato de crer, mas para contribuir na
extensão do Reino de Deus, ao preço de nossa própria renovação” (grifos nossos).
Todo
mundo tem o seu momento de provar a sua fé, que se configura num testemunho a
ela. É muito possível que venhamos a traí-la, por causa da influência material
e social que ainda nos domina. Mas, o fato de cairmos, não podemos ficar no
chão. Todo momento de queda é momento de nos fortalecermos para seguir em
frente. Lembremos do “fracasso de Pedro” (título de outra mensagem de Emmanuel do livro Caminho, Verdade e
Viva (Chico Xavier/FEB)). Ele negou o Cristo por três vezes, mas foi dado a ele
a direção da continuação da obra do Cristo.
Devemos
nos perdoar quando cairmos, pois o trabalho da Seara do Mestre é para os
renovados. O Cristo desenvolveu uma Escola na Terra em que o aprendizado se
desenvolve no dia a dia, de modo reflexivo e prático.
Devemos
aprender com os nossos erros (sejamos inteligentes) e com os erros dos outros
(sejamos sábios)[i].
Com
relação a nos identificarmos com o Espiritismo e nos proclamarmos como
Espíritas, lembremos que o esforço moral de nos tornamos verdadeiros espíritas
é o que nos faz verdadeiros espíritas[ii]. Quando formos convidados
a darmos o nosso testemunho, mostremos que somos convictos e não neguemos a
nossa fé[iii].
Que
Deus nos ajude.
Domício.
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