domingo, 28 de junho de 2020

OUÇAMOS

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OUÇAMOS
E logo os chamou.
Marcos (1: 20).
Em alguns círculos do Cristianismo, semelhante passagem, alusiva ao encontro do Senhor com os discípulos, é interpretada simplesmente como sendo um apelo do Cristo ao ministério religioso.
Todavia, podemos imprimir-lhe significado mais amplo.
Em cada situação do caminho, é possível registrar o chamamento celeste.
No templo familiar, onde surgem problemas difíceis...
Ante o companheiro desconhecido, que pede cooperação...
À frente do adversário, que espera entendimento e tolerância...
Ao pé do enfermo, que aguarda assistência e carinho...
A face do ignorante, que reclama socorro e ensinamento...
Junto à criança, que roga bondade e compreensão...
Por onde formos, Jesus, Mestre silencioso, nos chama ao testemunho da lição que aprendemos.
Nas menores experiências, no trabalho ou no lazer, no lar ou na via pública, eis que nos convida ao exercício incessante do bem.
Nesse sentido, o discípulo do Evangelho encontra no mundo o santuário de sua fé e na Humanidade a sua própria família.
Assinalando, pois, a norma cristã, como inspiração para todas as lides cotidianas, ouçamos a palavra do Senhor em todos os ângulos do caminho, procurando segui-lo com invariável fidelidade, hoje e sempre.
NOSSA REFLEXÃO
Essa passagem evangélica que Emmanuel se utilizou para fazer essa mensagem, ora refletida por nós, se deu quando o Mestre começou sua vida messiânica junto com os doze Discípulos. Nesse momento, que Emmanuel cita, ele convidou Tiago e João (filhos de Zebedeu). Antes havia convidado Pedro e André, que também eram irmãos. Esses quatro pescadores não titubearam em seguir o Mestre, como se estivessem magnetizados por Ele. Intuitivamente atenderam a uma programação com a qual se comprometeram no plano espiritual antes de nascer[i].
Como Emmanuel reflete, o chamado de Jesus não se refere tão somente à pregação evangélica ou doutrinária. Em todo lugar e momento somos convidados a agir como cristão: Em Família, no Trabalho, na Escola/Universidade, na Via Pública. Onde estivermos e como estivermos, o que vemos a nossa frente faz parte da Natureza ou da Família universal. O nosso falar e agir deve se basear em Jesus que combateu a injustiça, a hipocrisia e a desigualdade social. O Sermão do Monte e outras passagens evangélicas estão recheadas de recomendações esclarecedoras à maioria da população terrena e indicam como devemos nos portar diante das situações citadas nelas[ii]. Passados 2019 anos, continuamos com os mais diversos problemas que ressaltam a injustiça e os preconceitos que reforçam a desigualdade social.
Que sejamos cristãos, buscando por nossa vez, de modo pacífico, contribuir das maneiras mais diversas, como a Arte, o Saber acadêmico e a Política, além do estudo espírita, ou de outra Religião, e da reforma íntima, para a mudança no modo de nos relacionarmos uns com os outros. Enquanto isso não se dá, que zelemos pela vida de quem mais precisa, apoiando ações que mitigam as mais diversas situações de vulnerabilidade social. Apoiemos, ainda, a Ciência, a Cultura, a Escola, a Universidade, os Centros de Pesquisa e um Sistema de Saúde que dê conta de assistir a todos e todas que o procura.
Que Deus nos ajude.
Domício.
[i] Marcos (1: 16-20); Mateus (4: 18-22); Lucas (5: 1-11).
[ii] Vide a respeito nos Cap. V, XIII, XV e XVI de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

domingo, 21 de junho de 2020

VEM!

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VEM!
E quem o ouve, diga: Vem. – E quem tem sede, venha.
Apocalipse (22:17).
A Terra é a grande escola das almas em que se educam alunos de todas as idades.
Se atingiste o nível das grandes experiências, não te inquiete a incessante extensão do trabalho.
Não enxergues inimigos nos semelhantes de entendimento imperfeito.
Muitos deles não saíram ainda do jardim de infância espiritual.
Dá sempre o bem pelo mal, a verdade pela mentira e o amor pela indiferença...
A inexperiência e a ignorância dos corações que se iniciam na luta fazem, frequentemente, grande algazarra em torno do espírito que procura a si mesmo.
Por isso, padecerás muitas vezes aflição e desânimo.
Não te perturbes, porém.
Se as ilusões e os brinquedos da maioria não mais te satisfazem, é que a madureza te inclina a horizontes mais vastos.
Recorda que somente Jesus é bastante sábio e bastante forte para acalmar-te.
Ouve-lhe o apelo divino, formulado nas derradeiras palavras do seu Testamento de Amor: – “Vem!"
Ninguém te pode impedir o acesso à fonte da luz infinita.
O Mestre é o Eterno Amigo que nos rompe as algemas e nos abre portas renovadoras...
Entretanto, é preciso saibas querer.
O Senhor jamais nos fará violência.
Sofres? Estás fatigado? Tropeças sob os fardos do mundo?
Vem!
Jesus reserva-te os braços abertos.
Vem e atende-o ainda hoje. É verdade que sempre alcançaste ensejos de serviço, que o Mestre sempre foi abnegado e misericordioso para contigo, mas não te esqueças de que as circunstâncias se modificam com as horas e de que nem todos os dias são iguais.
NOSSA REFLEXÃO
Emmanuel nos mostra o quanto o Cristo se dispôs e se dispõe a todos e todas que passam por situações de sofrimento ou de redenção. Ninguém é abandonado. O Cristo não desiste de ninguém, como nenhum Mestre o faz. Como Emmanuel nos coloca, nessa mensagem, ora refletida: “A Terra é a grande escola das almas em que se educam alunos de todas as idades”. E idade, aqui, na nossa compreensão, deve ser entendida como o estágio evolutivo do Espírito.
Lembremo-nos do seguinte convite de Jesus Cristo:
“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo (Mateus, 11:28 a 30).

Allan Kardec disserta sobre essa mensagem do Cristo:
Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perda de seres amados, encontram consolação na fé no futuro, na confiança na Justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens. Sobre aquele que, ao contrário, nada espera após esta vida, ou que simplesmente duvida, as aflições caem com todo o seu peso e nenhuma esperança lhe mitiga o amargor. Foi isso que levou Jesus a dizer: “Vinde a mim todos vós que estais fatigados, que Eu vos aliviarei.”
Entretanto, faz depender de uma condição a sua assistência e a felicidade que promete aos aflitos. Essa condição está na lei por Ele ensinada. Seu jugo é a observância dessa lei; mas esse jugo é leve e a lei é suave, pois que apenas impõe, como dever, o amor e a caridade.[i]
Esses consolos espirituais são antecedidos por outros, como bem-aventuranças, em Mateus (5:4, 6 e 10) e em Lucas (6:20 e 21), que trazem a medida com que o Mestre cuidava de consolar a todos os sofredores, não importando classe social, raça ou gênero. Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V (Bem-aventurados os aflitos), temos discorrida uma ampla discussão sobre os mais diversos matizes do sofrimento humano e Allan Kardec pontua, um a um, consolando aos leitores sobre a necessidade de bem sofrer. Acrescentando à dissertação de A. Kardec, os Espíritos Superiores dão belíssimas instruções a respeito. Em particular, levando em conta o momento acirrado de dor por qual a humanidade terrestre passa no momento, ocasionado pela COVID-19, busquemos em Sanson, ex-membro da Sociedade Espírita de Paris (Item 21), o consolo pela “perda” dos entes queridos.
Vós que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações do vosso coração a chamar esses entes bem-amados e, se pedirdes a Deus que os abençoe, em vós sentireis fortes consolações, dessas que secam as lágrimas; sentireis aspirações grandiosas que vos mostrarão o porvir que o soberano Senhor prometeu.

De qualquer sorte, precisamos ter em mente que o sofrimento é o encontro conosco mesmo e significa uma oportunidade de retorno à Lei de Deus.
Quanto à análise sobre o comportamento dos irmãos que seguem totalmente contrário aos ensinamentos do Cristo, mesmos aqueles que se consideram cristãos, Emmanuel nos lembra, nessa mensagem, que não os enxerguemos como inimigos, mas como “[...] semelhantes de entendimento imperfeito”. Isto é um antídoto para a nossa indignação, característica de seres imperfeitos, como qualquer um de nós.
Emmanuel finaliza sua mensagem, como sempre de forma magistral, nos apontando que precisamos aproveitar o tempo que nos é dado, enquanto está a correr, pois podemos estar construindo todo um contexto para futuras dificuldades mais difíceis de serem resolvidas. Ou seja, atender ao convite do Mestre é humanamente inteligente.
Que Deus nos ajude a termos consolidadas essas verdades em nossas vidas.
Domício.
PS.
Ofereço aos irmãos e irmãos, leitores e leitoras, desse blog, uns versos de L. Angel sobre a temática.

Nesse mundo de provas e expiações,
O choro é natural, mesmo que não se queira.
Traduz o afloramento de emoções,
Mas que seja como ocorreu no Monte das Oliveiras.
L. Angel       01/02/2016

A vida física se extenua,
Como mostra o ocaso de um dia.
Mas o dia continua,
E a vida espiritual, também, numa nova moradia.
L. Angel     08/05/2020

E a vida espiritual continua...
Nesse ou em outro plano solar.
Ela nunca se extenua
E uma de nossas moradas é o Nosso Lar.   
L. Angel    20/06/2015

Bom dia!
Que Deus te dê muita paz e alegria!
Mas se, hoje, algo não dê certo,
Não se preocupe, pois Deus está por perto.
L. Angel       27/10/2017


[i] Vide mais em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VI. Este capítulo apresenta o advento do Espírito de Verdade, prometido por Jesus Cristo em João (14:15 a 17 e 26), que se constitui no Consolador Prometido, que, para os Espíritos Superiores que assistiram Allan Kardec, é o Espiritismo.

domingo, 14 de junho de 2020

MALEDICÊNCIA

151
MALEDICÊNCIA
Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, fala mal da lei e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.
Tiago (4: 11).
Nem todas as horas são adequadas ao rumo da ternura na esfera das conversações leais.
A palestra de esclarecimento reclama, por vezes, a energia serena em afirmativas sem indecisão; entretanto, é indispensável grande cuidado no que concerne aos comentários posteriores.
A maledicência espera a sinceridade para turvar-lhe as águas e inutilizar-lhe esforços justos.
O mal não merece a coroa das observações sérias. Atribuir-lhe grande importância nas atividades verbais é dilatar-lhe a esfera de ação. Por isso mesmo, o conselho de Tiago reveste-se de santificada sabedoria.
Quando surja o problema de solução difícil, entre um e outro aprendiz, é razoável procurem a companhia do Mestre, solucionando-o à claridade da sua luz, mas que nunca se instalem na sombra, a distância um do outro, para comentários maliciosos da situação, agravando a dor das feridas abertas.
"Falar mal", na legítima significação, será render homenagem aos instintos inferiores e renunciar ao título de cooperador de Deus para ser crítico de suas obras.
Como observamos, a maledicência é um tóxico sutil que pode conduzir o discípulo a imensos disparates.
Quem sorva semelhante veneno é, acima de tudo, servo da tolice, mas sabemos, igualmente, que muitos desses tolos estão a um passo de grandes desventuras íntimas.
NOSSA REFLEXÃO
Emmanuel nos chama a atenção para o cuidado de, estando em reunião com um ou mais interlocutores, não nos extravasarmos a falar mal de pessoas ausentes na conversa ou mesmo dar sequência a uma maledicência partida de alguém com quem estamos conversando.
Como Emmanuel nos esclarece, ao fazermos isso, estaremos rendendo “[...] homenagem aos instintos inferiores[...]” que trazemos conosco. Nessa hora é que caímos em tentação[i]. Sabemos que o contamos a alguém, sobre outra pessoa, possivelmente será contado para outras pessoas, e, por nossa vez, se acolhemos o falatório sobre alguém, interessados aos detalhes, certamente que não ficaremos com o relatado só conosco. Espalharão ou espalharemos o que foi contado. Ou seja, estaremos contribuindo para um boato ou calúnia ser propagada e estaremos participando de uma influenciação na sociedade. Emmanuel nos chama a atenção sobre a nossa capacidade de influenciar as pessoas pelas nossas atitudes[ii]. Nesse ponto, precisamos estar atentos para que não sejamos veiculadores, também, de notícias falsas (fake news).
Vivemos num momento em que vivemos assaltados por escândalos[iii] gerados, seja por uma descoberta de um ato de corrupção ou por motivos sanitários. Muitas vezes, por um viés político, algo falso é veiculado com a rapidez das redes sociais, sem nem ao menos ser verificado a veracidade da notícia que foi forjada.
Em relação a um grupo, seja familiar, profissional ou social, é importante que os problemas sejam resolvidos no nível particular, entre dois ou mais afetados pessoalmente, e “[...] que nunca se instalem na sombra, a distância um do outro, para comentários maliciosos da situação, agravando a dor das feridas abertas”. Que saibamos contornar caridosamente a situação, com os envolvidos, e que não busquemos conversas fúteis sobre a questão com pessoas externas à situação.
Que busquemos a solidariedade em toda questão, auxiliando e não propaguemos algo com o intuito tão somente de espalhar notícias, muitas vezes recheadas de falsidades.
Que Deus nos ajude a estancar as mentiras, pois se somos veiculadores de escândalos, certamente seremos vítimas de algum, mais para frente[iv].
Domício.

P.S. Deixo as seguintes reflexões poéticas de L. Angel sobre nossa postura diante de um acontecimento, algo visto ou estória sobre alguém.

Nem sempre o que se falou foi compreendido.
Como nem tudo que foi compreendido foi falado.
Quem fala não deve pretender ser plenamente entendido.
Quem compreendeu, talvez não consiga ser fiel ao que foi ensinado.              
L. Angel               21/11/2017

Às vezes, vejo sem enxergar.
Ou enxergo sem ter visto.
Ora estou com a mente a vagar.
Ora não estou a pensar como o Cristo.
L. Angel                20/11/2017


[i] Vide mensagem “Origem das tentações” de Emmanuel, do livro Caminho, Verdade e Vida, e a nossa reflexão.
[ii] Vide mensagem “Um pouco de fermento” de Emmanuel, do livro Fonte Viva, e a nossa reflexão. Recomendo, também, a palestra "Falando de Política para espíritas" de André Trigueiro, in https://youtu.be/sxqUbmLeX0U.
[iii] “No sentido vulgar, escândalo se diz de toda ação que de modo ostensivo vá de encontro à moral ou ao decoro. O escândalo não está na ação em si mesma, mas na repercussão que possa ter. A palavra escândalo implica sempre a ideia de um certo arruído.” (ALLAN KARDEC in: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VIII, item 12).
[iv]Mas ai daquele por quem venha o escândalo. Quer dizer que o mal sendo sempre o mal, aquele que a seu mau grado servir de instrumento à Justiça divina, aquele cujos maus instintos foram utilizados, nem por isso deixou de praticar o mal e de merecer punição.” (ALLAN KARDEC in: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VIII, item 16).

domingo, 7 de junho de 2020

A ORAÇÃO DO JUSTO

150

A ORAÇÃO DO JUSTO

A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.

Tiago (5:16).

Considerando as ondas do desejo, em sua força vital, todo impulso e todo anseio constituem também orações que partem da Natureza.

O verme que se arrasta com dificuldade, no fundo está rogando recursos de locomoção mais fácil.

A loba, cariciando o filhote, no imo do ser permanece implorando lições de amor que lhe modifiquem a expressão selvagem.

O homem primitivo, adorando o trovão, nos recessos d’alma pede explicações da Divindade, de maneira a educar os impulsos de fé.

Todas as necessidades do mundo, traduzidas no esforço dos seres viventes, valem por súplicas das criaturas ao Criador e Pai.

Por isso mesmo, se o desejo do homem bom é uma prece, o propósito do homem mau ou desequilibrado é também uma rogativa.

Ainda aqui, porém, temos a lei da densidade específica.

Atira uma pedra ao vizinho e o projétil será imediatamente atraído para baixo.

Deixa cair algumas gotas de perfume sobre a fronte de teu irmão e o aroma se espalhará na atmosfera.

Liberta uma serpente e ela procurará uma toca.

Solta uma andorinha e ela buscará a altura.

Minerais, vegetais, animais e almas humanas estão pedindo habitualmente, e a Providência Divina, através da natureza, vive sempre respondendo.

Há processos de solução demorada e respostas que levam séculos para descerem dos Céus à Terra.

Mas de todas as orações que se elevam para o Alto, o Apóstolo destaca a do homem justo como sendo revestida de intenso poder.

É que a consciência reta, no ajustamento à Lei, já conquistou amizades e intercessões numerosas.

Quem ajunta amigos, amontoa amor. Quem amontoa amor, acumula poder.

Aprende, assim, a agir com justiça e bondade e teus rogos subirão sem entraves, amparados pelos veículos da simpatia e da gratidão, porque o justo, em verdade, onde estiver, é sempre um cooperador de Deus.

NOSSA REFLEXÃO

Esta mensagem do Espírito Emmanuel nos faz lembrar que todo desejo é uma prece, um pedido, seja visando o bem ou o mal. Ocorre que, em geral, a natureza responde não muito tardia. Vide a manipulação do meio ambiente de modo não sustentável. Enganam-se aqueles que não acreditam que estão em permanente contato (“sem orar”) com o seu Criador que responde das formas mais diferentes possíveis, de acordo com o emissor.

Pensando na eficácia da prece (dita conscientemente ), lembramos que Jesus Cristo quando foi interpelado pelos seus Discípulos sobre o que ocorrera com a figueira que Ele tinha amaldiçoado, respondeu-lhe, entre coisas, que: “Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes” (MARCOS, 11:24). É bem verdade que há necessidades que não são boas para nós e se estamos pedindo diretamente para Deus, ele nos responde, sim, mas com energias para passar o momento, com ideias que possibilitam que nós nos desenvolvamos no sentido de resolver o problema vivido[i].

Emmanuel nos faz pensar no poder da oração na forma de uma prática no bem. Ele nos faz ciente disso, quando nos informa: “bem que praticares, em qualquer lugar, é teu advogado em toda parte[ii]. Nesta mensagem, que ora refletimos, ele explica o significado dessa afirmação, quando nos faz lembrar que quando praticamos o bem, orações de agradecimentos são levantadas aos Céus em nosso favor. Devemos lembrar que até o Espírito mais cruel, quando é beneficiado por alguém, passa a protegê-lo dos seus afins.

Que sejamos sempre justos, pois toda ação justa é credencial para um contato mais íntimo com o Pai.

Que não nos esqueçamos disso e que ajamos espontaneamente sem esperar a troca, pois ela é também espontânea.

Que Deus nos ajude.

Domício.


[i] Vide O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXVII (Pedi e obtereis – Eficácia da prece), Item 6.
[ii] In: Palavras de Emmanuel, Cap. XVIII, Fé – Esperança – Caridade (FEB).