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ADMINISTRAÇÃO
Dá conta de tua administração.
Jesus.
(LUCAS, 16:2).
Na essência, cada homem é servidor pelo trabalho que
realiza na obra do Supremo Pai, e, simultaneamente, é administrador, porquanto
cada criatura humana detém possibilidades enormes no plano em que moureja.
Mordomo do mundo não é somente aquele que encanece os
cabelos, à frente dos interesses coletivos, nas empresas públicas ou particulares,
combatendo intrigas mil, a fim de cumprir a missão a que se dedica.
Cada inteligência da Terra dará conta dos recursos que lhe
foram confiados.
A fortuna e a autoridade não são valores únicos de que
devemos dar conta hoje e amanhã.
O corpo é um templo sagrado.
A saúde física é um tesouro.
A oportunidade de trabalhar é uma bênção.
A possibilidade de servir é um obséquio divino.
O ensejo de aprender é uma porta libertadora.
O tempo é um patrimônio inestimável.
O lar é uma dádiva do Céu.
O amigo é um benfeitor.
A experiência benéfica é uma grande conquista.
A ocasião de viver em harmonia com o Senhor, com os
semelhantes e com a Natureza é uma glória comum a todos.
A hora de ajudar os menos favorecidos de recursos ou
entendimento é valiosa.
O chão para semear, a ignorância para ser instruída e a dor
para ser consolada são apelos que o Céu envia sem palavras ao mundo inteiro.
Que
fazes, portanto, dos talentos preciosos que repousam em teu coração, em tuas
mãos e no teu caminho? Vela por tua própria tarefa no bem, diante do Eterno,
porque chegará o momento em que o Poder Divino te pedirá: "Dá conta de tua
administração".
NOSSA REFLEXÃO
Como somos potenciais trabalhadores, pois, conforme Emmanuel,
nesta mensagem, “o chão para semear, a ignorância para ser instruída e a dor
para ser consolada são apelos que o Céu envia sem palavras ao mundo inteiro”, somos, a todo momento, chamados para o trabalho, de forma silenciosa, como
trabalhadores da última hora[1].
Muito nos é dado, na forma de riquezas, ou na forma de
oportunidades profissionais, ou mesmo na forma religiosa. Então, teremos, sim,
que dar conta das oportunidades que nos foram dadas para o engrandecimento de nossa
humanidade e de nós mesmos.
Sejamos fiéis aos talentos que nos foram e continuam sendo dados,
e os multipliquemos, para que, quando voltarmos ao plano espiritual, devolvamos,
de forma justa e multiplicada, o que recebemos[2]. Esta prestação de contas,
de tudo que recebemos, será um item avaliativo com relação ao nosso progresso
espiritual. A partir dela, seremos escolhidos, ou não, a continuar com novas e
mais desafiantes obras, como verdadeiros filhos de Deus[3].
Que Deus nos ajude.
Domício.