174
MÃOS ESTENDIDAS
Estende
a tua mão. E ele a estendeu e foi-lhe restituída a sua mão, sã como a outra (MARCOS,
3:5).
Em
todas as casas de fé religiosa, há crentes de mãos estendidas, suplicando
socorro...
Almas
aflitas revelam ansiedade, fraqueza, desesperança e enfermidades do coração.
Não
seremos todos nós, encarnados e desencarnados, que algo rogamos à Providência divina,
semelhantes ao homem que trazia a mão seca?
Presos
ao labirinto criado por nós mesmos, eís-nos a reclamar o auxílio do divino
Mestre...
Entretanto,
convém ponderar a nossa atitude.
É
justo pedir e ninguém poderá cercear quaisquer manifestações da humildade, do
arrependimento, da intercessão.
Mas é
indispensável examinar o modo de receber.
Muita
gente aguarda a resposta materializada de Jesus.
Esse
espera o dinheiro, aquele conta com a evidência social de improviso, aquele
outro exige a imediata transformação das circunstâncias no caminho terrestre...
Observemos,
todavia, o socorro do Mestre ao paralítico.
Jesus
determina que ele estenda a mão mirrada e, estendida essa, não lhe confere
bolsas de ouro nem fichas de privilégio. Cura-a. Devolve-lhe a oportunidade de
serviço.
A mão
recuperada naquele instante permanece tão vazia quanto antes.
É que
o Cristo restituía-lhe o ensejo bendito de trabalhar, conquistando sagradas
realizações por si mesmo; recambiava-o às lides redentoras do bem, nas quais
lhe cabia edificar-se e engrandecer-se.
A
lição é expressiva para todos os templos da comunidade cristã.
Quando
estenderes tuas mãos ao Senhor, não esperes facilidades, ouro, prerrogativas...
Aprende a receber-lhe a assistência, porque o divino Amor te restaurará as
energias, mas não te proporcionará qualquer fuga às realizações do teu próprio
esforço.
NOSSA REFLEXÃO
Sabemos
que, pelas informações contidas nas Obras Básicas do Espiritismo, somos
devedores da Lei Maior. Portanto, devemos saber que precisamos daquilo que nos
acontece involuntariamente, particularmente o que nos faz sofrer ou nos impede
de atuar livremente onde nos situamos socialmente.
Jesus
nos disse que se buscássemos, acharíamos[i]. Esta busca do dia a dia é
um processo demorado. Às vezes, requer humildade, perseverança e muita fé em
Deus e em si mesmo.[ii]
Não
somos privilegiados por isenção do trabalho quando solicitamos a ajuda
espiritual, como Emmanuel nos deixa evidente nesta mensagem que ora refletimos.
Mas não devemos deixar de procurar ajuda. O Cristo ou um de seus prepostos nos
dará condições físicas ou intuitivas para realizarmos o que temos que realizar. A
gente sente quando isso se dá.
Que nós
estejamos sempre altivos e ativos para fazer a nossa parte. Isto significará
sempre a mão estendida à Jesus. Devemos, também, ser o instrumento de Jesus
para dar o que os outros precisam para continuar sua caminhada, com saúde e
oportunidade para fazerem sua parte. Pois, muitas vezes somos ajudados dessa
forma. Estejamos prontos para tal fim.
Que Deus
nos ampare sempre, seja para pedir como para ser a resposta de Jesus aos nossos
irmãos e às nossas irmãs.
Domício.
Nenhum comentário:
Postar um comentário