domingo, 26 de abril de 2020

AJUDEMOS A VIDA MENTAL


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AJUDEMOS A VIDA MENTAL
E seguia-o uma grande multidão da Galileia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judéia e de além do Jordão.
Mateus (4: 25).
A multidão continua seguindo Jesus na ânsia de encontrá-lo, mobilizando todos os recursos ao seu alcance.
Procede de todos os lugares, sequiosa de conforto e revelação.
Inútil a interferência de quantos se interpõem entre ela e o Senhor, porque, de século a século, a busca e a esperança se intensificam.
Não nos esqueçamos, pois, de que abençoada será sempre toda colaboração que pudermos prestar ao povo em nossa condição de aprendizes.
Ninguém precisa ser estadista ou administrador para ajudá-lo a engrandecer-se.
Boa vontade e cooperação representam as duas colunas mestras no edifício da fraternidade humana. E contribuir para que a coletividade aprenda a pensar na extensão do bem é colaborar para que se efetive a sintonia da mente terrestre com a Mente divina.
Descerra-se à nossa frente precioso programa nesse particular.
Alfabetização.
Leitura edificante.
Palestra educativa.
Exemplo contagiante na prática da bondade simples.
Divulgação de páginas consoladoras e instrutivas.
Exercício da meditação.
Seja a nossa tarefa primordial o despertar dos valores íntimos e pessoais.
Auxiliemos o companheiro a produzir quanto possa dar de melhor ao progresso comum, no plano, no ideal e na atividade em que se encontra.
Orientar o pensamento, esclarecê-lo e sublimá-lo é garantir a redenção do mundo, descortinando novos e ricos horizontes para nós mesmos.
Ajudemos a vida mental da multidão e o povo conosco encontrará Jesus, mais facilmente, para a vitória da Vida eterna.
NOSSA REFLEXÃO
Naquela oportunidade, da presença de Jesus entre nós, as pessoas, como hoje, eram sedentas de consolo espiritual para as suas angústias. Necessitavam compreender o que se passava consigo. Precisavam se curar, do corpo e da alma. E Jesus as atendeu em todas as oportunidades que esteve diante delas. Deu, assim, o exemplo de Mestre preocupado com cada um de uma grande multidão.
Emmanuel, nos lembra a passagem em que “[...] Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte” (MATEUS, 5:1), dando-nos a luz de sua compreensão em “Diante da Multidão”.[i]
Nesse contexto, Jesus Cristo, aproveitava qualquer hora do dia para fazer o bem, seja esclarecendo (JOÃO, 3: 4 a 5)[ii], seja curando e/ou libertando espiritualmente as pessoas (MATEUS, 17: 14 a 19)[iii], seja dando a vida de volta a um homem considerado morto (JOÃO, 11: 1 a 44)[iv].
Então, se a vida é curta, segundo uns, o que podermos dizer sobre um dia? Aproveitemos cada dia fazendo o melhor de nós em auxílio dos que podem necessitar de um esclarecimento, consolo ou mesmo uma instrução didaticamente construída num processo de colaboração em que todos se beneficiam de uma interação educacional.
Dessa forma, estaremos seguindo o que Emmanuel nos propôs, em “Diante da Multidão”, condizente com os ensinos de Jesus.
Vendo a multidão, o Mestre sobe a um monte e começa a ensinar... É imprescindível empenhar as nossas energias, a serviço da educação. Ajudemos o povo a pensar, a crescer e a aprimorar-se. Auxiliar a todos para que todos se beneficiem e se elevem, tanto quanto nós desejamos melhoria e prosperidade para nós mesmos, constitui para nós a felicidade real e indiscutível.
Nesta mensagem, ora refletida, Emmanuel corrobora a si mesmo, quando nos aponta um bom caminho, para um momento como esse que passamos na atualidade:
Seja a nossa tarefa primordial o despertar dos valores íntimos e pessoais. Auxiliemos o companheiro a produzir quanto possa dar de melhor ao progresso comum, no plano, no ideal e na atividade em que se encontra. Orientar o pensamento, esclarecê-lo e sublimá-lo é garantir a redenção do mundo, descortinando novos e ricos horizontes para nós mesmos. Ajudemos a vida mental da multidão e o povo conosco encontrará Jesus, mais facilmente, para a vitória da Vida eterna.
Que nós tenhamos essa clareza de sentimento, para que possamos aproveitar qualquer momento em que possamos ajudar uma comunidade, esclarecendo, apontando caminhos coerentes com a Ciência e a Religião, ajudando uma nação, na medida do possível, a se libertar de um processo de grave perigo sanitário, como uma pandemia, e se policiando para que o homem velho, existente em nós, não se exarcerbe nas posições, nas energias despendidas no processo de um esclarecimento.
Que Deus nos ajude a sair muito melhor, depois que a pandemia da COVID-19 passar.
Domício.


[i] Fonte Viva (104), por Chico Xavier (FEB).
[ii] A respeito, vide O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. IV, itens 5 a 9.
[iii] A respeito, vide O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XIX, itens 2 a 5.
[iv] No Item 4 do Cap. IV de O Evangelho Segundo o Espiritismo, A. Kardec faz a diferença entre Ressurreição e Reencarnação. .

domingo, 19 de abril de 2020

ACORDA E AJUDA


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ACORDA E AJUDA
Segue-me e deixa aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos.
Jesus (Mateus, 8:22).
Jesus não recomendou ao aprendiz deixasse “aos cadáveres o cuidado de enterrar os cadáveres” e sim conferisse “aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos”.
Há, em verdade, grande diferença.
O cadáver é carne sem vida, enquanto um morto é alguém que se ausenta da vida.
Há muita gente que perambula nas sombras da morte sem morrer.
Trânsfugas da evolução, cerram-se entre as paredes da própria mente, cristalizados no egoísmo ou na vaidade, negando-se a partilhar a experiência comum.
Mergulham-se em sepulcros de ouro, de vício, de amargura e ilusão.
Se vitimados pela tentação da riqueza, moram em túmulos de cifrões; se derrotados pelos hábitos perniciosos, encarceram-se em grades de sombra; se prostrados pelo desalento, dormem no pranto da bancarrota moral, e, se atormentados pelas mentiras com que envolvem a si mesmos, residem sob as lápides, dificilmente permeáveis, dos enganos fatais.
Aprende a participar da luta coletiva.
Sai, cada dia, de ti mesmo, e busca sentir a dor do vizinho, a necessidade do próximo, as angústias de teu irmão e ajuda quanto possas.
Não te galvanizes na esfera do próprio "eu".
Desperta e vive com todos, por todos e para todos, porque ninguém respira tão somente para si.
Em qualquer parte do Universo, somos usufrutuários do esforço e do sacrifício de milhões de existências.
Cedamos algo de nós mesmos, em favor dos outros, pelo muito que os outros fazem por nós.
Recordemos, desse modo, o ensinamento do Cristo.
Se encontrares algum cadáver, dá-lhe a bênção da sepultura, na relação das tuas obras de caridade, mas, em se tratando da jornada espiritual, deixa sempre "aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos".

NOSSA REFLEXÃO
Essa passagem evangélica é categorizada por Allan Kardec, como uma estranha moral. A. Kardec, didaticamente, reuniu, em um capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo, o XXIII, intitulado, por isso mesmo, Estranha Moral, todos os ensinamentos de Jesus que trazem uma certa ideia de contradição em relação ao seu apostolado.
A proposição de Jesus Cristo não foi de cometimento de ingratidão ao Pai, mas de relevância a vida verdadeira, que é a vida espiritual, como A. Kardec nos esclarece no Item 8 do capítulo acima referido.
Emmanuel, em Aproveitemos (no livro Caminho, Verdade e Vida, refletido por nós), traz-nos a luz de aproveitarmos todo e qualquer momento para exercermos a disposição de servir ao próximo. O funeral pode ser um momento para falarmos sobre a vida do Espírito. Todavia, faz-se necessário que falemos se formos convidados a falar ou se o corpo que jaz no caixão for de nosso familiar consanguíneo e de primeiro grau.
Emmanuel, nesta mensagem que ora refletimos, nos convida a devolvermos o quanto temos recebido da humanidade, como segue:
Desperta e vive com todos, por todos e para todos, porque ninguém respira tão somente para si. Em qualquer parte do Universo, somos usufrutuários do esforço e do sacrifício de milhões de existências. Cedamos algo de nós mesmos, em favor dos outros, pelo muito que os outros fazem por nós.
De fato, o que seríamos de nós, hoje, se não tivéssemos tanta gente zelando por nós, desde o Lar, passando pela Escola, até o convívio saudável com as pessoas, de modo geral, no trabalho, nos clubes e nas redes sociais, sendo acompanhado diuturnamente pelos Espíritos Protetores, e, em particular, pelo o Anjo da Guarda.
Neste contexto, como Educador, lembramos de outra exortação de Emmanuel sobre a necessidade de cuidarmos de todos, como fomos cuidado, também, qual seja:
É imprescindível empenhar as nossas energias, a serviço da educação. Ajudemos o povo a pensar, a crescer e a aprimorar-se. Auxiliar a todos para que todos se beneficiem e se elevem, tanto quanto nós desejamos melhoria e prosperidade para nós mesmos, constitui para nós a felicidade real e indiscutível.[i]
Que tenhamos o espírito contínuo de solidariedade, em todos os momentos de nossas vidas, pois de que vale estarmos vivos, estando mortos?
Que Deus nos ajude.
Domício.

[i] Vide em Diante da Multidão (Fonte Viva, por Chico Xavier – FEB).

domingo, 12 de abril de 2020

NÃO FURTES


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NÃO FURTES
Aquele que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as suas mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade.
Paulo (Efésios, 4:28).
Há roubos de variada natureza, jamais catalogados nos códigos de justiça da Terra.
Furtos de tempo aos que trabalham.
Assaltos à tranquilidade do próximo.
Depredações da confiança alheia.
Invasões nos interesses dos outros.
Apropriações indébitas, através do pensamento.
Espoliações da alegria e da esperança.
Com as chaves falsas da intriga e da calúnia, da crueldade e da má-fé, almas impiedosas existem, penetrando sutilmente nos corações desprevenidos dilapidando-os em seus mais valiosos patrimônios espirituais...
Por esse motivo, a palavra de Paulo se reveste de sublime significação: - "Aquele que furtava não furte mais."
Se aceitaste o Evangelho por norma de elevação da tua vida, procura, acima de tudo, ocupar as tuas mãos em atividades edificantes, a fim de que possas ser realmente útil aos que necessitam.
Na preguiça está sediada a gerência do mal.
Quem alguma coisa faz, tem algo a repartir.
Busca o teu posto de serviço, cumpre dignamente as tuas obrigações de cada dia e, atendendo; aos deveres que o Senhor te confiou, atravessarás caminho terrestre sem furtar a ninguém.
NOSSA REFLEXÃO
Lembramos do seguinte mandamento da Lei de Deus, baixada via Moisés: “VII. Não roubeis.”[1] A princípio, pode se pensar que ele se refere somente ao roubo de uma propriedade material alheia. Mas Emmanuel nos chama a atenção a outros roubos que, invigilantemente, cometemos no dia a dia.
Às vezes, direcionamos nossas crenças aos outros, pensando estar fazendo um bem a elas, e nem sempre se dá assim. Devemos ter cuidado com o que fazemos, pensando estar fazendo o bem, pois ao inverso, podemos estar criando um mal estar a quem desejamos esclarecer sobre aquilo que temos convicção, como sendo uma verdade. Mas nem sempre, e acontece com os outros, estamos receptíveis a receber uma orientação que fere a nossa postura diante das coisas, bem como nossas convicções. Bom, pode ser que certas atitudes são impensadas, também, proporcionando prejuízos àqueles que estão em nosso círculo de ação.
Se pensamos estar fazendo um bem, é interessante refletir que cada um tem o seu momento de responder, positivamente, a um esclarecimento. Às vezes, deve acontecer a dor, na própria pele, para que mude o comportamento ou convicções acerca de um determinado assunto ou fatos.
Estamos vivendo um momento de aprender com a Ciência e não com opinantes, principalmente aqueles que exercem um cargo público e que não tem nenhum compromisso com a Ciência. A postura de quem escuta uma opinião deve ser sempre a de buscar em alguma Ciência, material (Ciência das Leis materiais) ou espiritual (Ciência do campo moral, como o Espiritismo) o respaldo da opinião proferida. A pergunta deve ser, sempre: Onde está escrito? Quem opina tem a competência de esclarecer ou dar uma certeza sobre o que está dizendo?
Então, antes de tudo, devemos aprender pelo Amor, substanciado pelo Conhecimento. Como A. Kardec colocou no frontispício do O Evangelho Segundo o Espiritismo: Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade. Então, fazendo uma aliança entre a Ciência e Religião, estaremos baseados em A. Kardec[2].
Nesta fase, muito difícil, por que passa a humanidade terrena, devemos considerar que o Cristo e seus prepostos estão trabalhando para que possamos sair o mais inteligente possível desta pandemia, condizente com o aprendizado que estamos tendo sobre o conhecimento relativo a Infectologia, solidariedade e respeito a dor do próximo, bem com o cuidado que devemos ter com os nossos hábitos comuns, como a higiene pessoal. Estamos aprendendo com o resultado de nossa própria invigilância, e devemos estar claro que o que estamos vivendo não foi pensado por Deus, mas é resultante do uso de nosso livre arbítrio. Deus não inspirou ninguém a fazer o que fez para o vírus se disseminar no planeta e nem os governantes a tomar decisões erradas que ocasionaram milhares de mortes em vários países do planeta[3].
Nestas circunstâncias, poderíamos pensar: por que os Espíritos não ditam logo uma vacina para a COVID-19? Emmanuel nos esclarece sobre isso em “Auxílios do invisível”. Allan Kardec também nos esclarece:
Em virtude desse princípio é que os Espíritos não acorrem a poupar o homem ao trabalho das pesquisas, trazendo-lhe, já feitas e prontas a ser utilizadas, descobertas e invenções, de modo a não ter ele mais do que tomar o que lhe ponham nas mãos, sem o incômodo, sequer, de abaixar-se para apanhar, nem mesmo o de pensar. Se assim fosse, o mais preguiçoso poderia enriquecer-se e o mais ignorante tornar-se sábio à custa de nada e ambos se atribuírem o mérito do que não fizeram. Não, os Espíritos não vêm isentar o homem da lei do trabalho: vêm unicamente mostrar-lhe a meta que lhe cumpre atingir e o caminho que a ela conduz, dizendo-lhe: Anda e chegarás. Toparás com pedras; olha e afasta-as tu mesmo. Nós te daremos a força necessária, se a quiseres empregar. (O livro dos médiuns, 2a Parte, cap. XXVI, itens 291 e seguintes.)[4]
Então, tendo a confiança em Deus de que se entramos nessa situação, pelo uso de nosso livre arbítrio, Ele vai nos ajudar a sair dela melhorados, apostando sempre no respeito mútuo, na Ciência e na capacidade de todos pensarem no coletivo[5].
Sem furtar dos outros a paz e o direito de escolha, mas sem cansar de lutar pelo esclarecimento geral, sigamos com o Mestre até o fim.
Que Deus nos ajude.
Domício.


[1] Vide considerações que A. Kardec fez sobre a diferença entre a Lei de Deus e a lei mosaica em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. I, item 2.
[2] Vide O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. I, Item 8.
[3] Vide como se dá a contribuição do ser humano para um flagelo destruidor, na questão 741 de O Livro dos Espíritos: Dado é ao homem conjurar os flagelos que o afligem? “Em parte, é; não, porém, como geralmente o entendem. Muitos flagelos resultam da imprevidência do homem. À medida que adquire conhecimentos e experiência, ele os vai podendo conjurar, isto é, prevenir, se lhes sabe pesquisar as causas. Contudo, entre os males que afligem a Humanidade, alguns há de caráter geral, que estão nos decretos da Providência e dos quais cada indivíduo recebe, mais ou menos, o contragolpe. A esses nada pode o homem opor, a não ser sua submissão à vontade de Deus. Esses mesmos males, entretanto, ele muitas vezes os agrava pela sua negligência.”
[4] Vide O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXV, Item 4.
[5] Questão nº 740 de O Livro dos Espíritos. Resposta: “Os flagelos são provas que dão ao homem ocasião de exercitar a sua inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus e que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se o não domina o egoísmo.”

domingo, 5 de abril de 2020

RENOVA-TE SEMPRE


141
RENOVA-TE SEMPRE
Ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova, dia a dia.
Paulo (II Coríntios, 4:16).
Cada dia tem a sua lição.
Cada experiência deixa o valor que lhe corresponde.
Cada problema obedece a determinado objetivo.
Há criaturas que, torturadas por temores contraproducentes, proclamam a inconformação que as possui à frente da enfermidade ou da pobreza, da desilusão ou da velhice.
Não faltam, no quadro da luta cotidiana, os que fogem espetacularmente dos deveres que lhes cabem, procurando, na desistência do bom combate e no gradual acordo com a morte, a paz que não podem encontrar.
Lembra-te de que as civilizações se sucedem no mundo, há milhares de anos, e que os homens, por mais felizes e por mais poderosos, foram constrangidos à perda do veículo de carne para acerto de contas morais com a eternidade.
Ainda que a prova te pareça invencível ou que a dor se te afigure insuperável, não te retires da posição de lidador, em que a Providência divina te colocou.
Recorda que amanhã o dia voltará ao teu campo de trabalho.
Permanece firme, no teu setor de serviço, educando o pensamento na aceitação da vontade Deus.
A moléstia pode ser uma intimação transitória e salutar da Justiça celeste.
A escassez de recursos terrestres é sempre um obstáculo educativo.
O desapontamento recebido com fervorosa coragem é trabalho de seleção do Senhor, em nosso benefício.
A senectude do corpo físico é fixação da sabedoria para a felicidade eterna.
Sê otimista e diligente no bem, entre a confiança e a alegria, porque, enquanto o envoltório de carne se corrompe pouco a pouco, a alma imperecível se renova, de momento a momento, para a vida imortal.
NOSSA REFLEXÃO
O que podemos atentar com essas palavras de Emmanuel, senão que o tempo, que não para, é a nossa estrada evolutiva? Para evoluir, precisamos de um corpo de carne, ou uma vida carnal, que perece ao longo dos anos, ou seja, se corrompe diuturnamente. Entretanto, Emmanuel nos esclarece que isso não nos impede de evoluir, pois o Espírito pode evoluir, independentemente da corrupção da carne. Sabemos, também, que podemos evoluir fora da carne, na erraticidade[1], mas principalmente na carne, pois o objetivo da encarnação é a evolução do Espírito[2].
Emmanuel, nesta mensagem que ora refletimos, nos aponta situações que nos convidam a nos manter serenos e fervorosos com vistas ao nosso progresso espiritual. Nesses momentos, somos convidados à reforma íntima e identificação ao Espiritismo. A. Kardec aponta os critérios para se identificar um bom espírita, ou verdadeiro espírita: Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más"[3].
Assim, sairemos vitoriosos, espiritualmente, de cada situação adversa por qual passarmos, nos renovando sempre. Pois, conforme Emmanuel, nesta mensagem, cuja reflexão a partir dela, se encerra agora: “[...] enquanto o envoltório de carne se corrompe pouco a pouco, a alma imperecível se renova, de momento a momento, para a vida imortal”.
Que Deus nos ajude.
Domício.

[1] Questão 230. Na erraticidade, o Espírito progride? “Pode melhorar-se muito, tais sejam a vontade e o desejo que tenha de consegui-lo. Todavia, na existência corporal é que põe em prática as ideias que adquiriu.” (O Livro dos Espíritos – Parte Segunda, Cap. VI).
[2] Questão 167. Qual o fim objetivado com a reencarnação? “Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isto, onde a justiça?” (O Livro dos Espíritos – Parte Segunda, Cap. IV). Vide outra mensagem de Emmanuel intitulada “Reencarnação”, refletida por nós. Vide, também, sobre “A necessidade da encarnação” em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 4, Item 25.
[3] O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVII – Sede Perfeitos, Item 4.