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ANTE A LUZ DA VERDADE
Conhecereis
a verdade e a verdade vos libertará.
Jesus (JOÃO, 8:32).
A
palavra do Mestre é clara e segura.
Não
seremos libertados pelos "aspectos da verdade" ou pelas "verdades
provisórias" de que sejamos detentores no círculo das afirmações
apaixonadas a que nos inclinemos.
Muitos,
em política, filosofia, ciência e religião, se afeiçoam a certos ângulos da
verdade e transformam a própria vida numa trincheira de luta desesperada, a
pretexto de defendê-la, quando não passam de prisioneiros do "ponto de
vista".
Muitos
aceitam a verdade, estendem-lhe as lições, advogam-lhe a causa e proclamam-lhe
os méritos, entretanto, a verdade libertadora é aquela que conhecemos na
atividade incessante do eterno Bem.
Penetrá-la
é compreender as obrigações que nos competem.
Discerni-la
é renovar o próprio entendimento e converter a existência num campo de
responsabilidade para com o melhor.
Só
existe verdadeira liberdade na submissão ao dever fielmente cumprido.
Conhecer,
portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
E
perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes.
Observa,
desse modo, a tua posição diante da Luz...
Quem
apenas vislumbra a glória ofuscante da realidade, fala muito e age menos. Quem,
todavia, lhe penetra a grandeza indefinível, age mais e fala menos.
NOSSA REFLEXÃO
Essa
passagem evangélica, faz parte de um debate de Jesus com os fariseus (que se diziam
filhos de Abraão), quando eles questionaram o testemunho do Cristo de que Ele
era o enviado de Deus, e que os interlocutores só veriam a Deus se o vissem como
o Caminho, a Verdade e a Vida, pois Ele era o enviado do Pai (JOÃO, 8: 31-59).
Temos
certo, que os detentores de muitas informações se consideram suficientemente
preparados para se conduzir diante das coisas e seus semelhantes. Mas deter
conhecimento não significa estar, de fato, esclarecido. É importante que o conhecimento
se faça significativo e transformador de atos, pois considera-se que os pensamentos
foram modificados em relação ao conhecimento.
Como
Emmanuel nos esclarece, nesta mensagem, “muitos, em política, filosofia,
ciência e religião, se afeiçoam a certos ângulos da verdade e transformam a
própria vida numa trincheira de luta desesperada, a pretexto de defendê-la,
quando não passam de prisioneiros do ‘ponto de vista’”.
Desse
modo, religiosos (as) cristãos (ãs) de todos os matizes, particularmente,
espíritas, acostumados a palestrarem, organizam-se em torno da “palavra” memorizada,
extraída dos seus livros doutrinários/bíblicos e se dizem, por isso, que ficam
com o Cristo, com a Bíblia ou com A. Kardec, por exemplo, esquecendo que a
Verdade é muito maior que determinados trechos extraídos das obras referenciadas,
conforme a crença. Devemos ter cuidado com o dogmatismo religioso decorrente de
leituras estanques que não são, nas mais diversas vezes, contextualizadas..
Sejamos
tal qual o segundo grupo dos referidos por Emmanuel no final desta mensagem: “Quem
apenas vislumbra a glória ofuscante da realidade, fala muito e age menos. Quem,
todavia, lhe penetra a grandeza indefinível, age mais e fala menos”[i].
Que
Deus nos ajude.
Domício.
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