domingo, 8 de março de 2020

ATENDAMOS AO BEM


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ATENDAMOS AO BEM
Em verdade vos digo que quantas vezes o fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes.
Jesus (Mateus, 25:40).
Não só pelas palavras, que podem simbolizar folhas brilhantes sobre um tronco estéril.
Não só pelo ato de crer. que, por vezes, não passa de êxtase inoperante.
Não só pelos títulos, que, em muitas ocasiões, constituem possibilidades de acesso aos abusos.
Não só pelas afirmações de fé, porque, em muitos casos, as frases sonoras são gritos da alma vazia.
Não nos esqueçamos do "fazer".
A ligação com o Cristo, a comunhão com a Divina Luz, não dependem do modo de interpretar as revelações do Céu.
Em todas as circunstâncias do seu apostolado de amor, Jesus procurou buscar a atenção das criaturas, não para a forma do pensamento religioso, mas para a bondade humana.
A Boa Nova não prometia a paz da vida superior aos que calejassem os joelhos nas penitências incompreensíveis, aos que especulassem sobre a natureza de Deus, que discutissem as coisas do Céu por antecipação, ou que simplesmente pregassem as verdades eternas, mas exaltou a posição sublime de todos os que disseminassem o amor, em nome do Todo-Misericordioso.
Jesus não se comprometeu com os que combatessem, em seu nome, com os que humilhassem os outros, a pretexto de glorificá-lo, ou com os que lhe oferecessem culto espetacular, em templos de ouro e pedra, mas sim afirmou que o menor gesto de bondade, dispensado em seu nome, será sempre considerado, no Alto, como oferenda de amor endereçada a ele próprio.
NOSSA REFLEXÃO
Este versículo do Evangelho de Mateus se encontra interpretado no Cap. XV, Item 1 (Fora da caridade não há salvação) de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Jesus explica as condições para que nós, humanos, adentremos ao Reino de Deus. Essa passagem é seguida de outra, também reunida no mesmo capítulo, referenciado acima, da obra kardequiana (Item 2), onde Jesus apresenta as características do nosso próximo, que é qualquer um que está no nosso caminho, quando nos dita a Parábola do Bom Samaritano. Ambas são interpretadas por A. Kardec, no Item 3 do mesmo capítulo.
Destaco, a seguir, um trecho dessa mensagem Emmanuel, ora refletida por nós, que se nos apresenta como um chamamento ao que deve nos interessar quando estivermos disposto a seguir o Mestre.

Jesus não se comprometeu com os que combatessem, em seu nome, com os que humilhassem os outros, a pretexto de glorificá-lo, ou com os que lhe oferecessem culto espetacular, em templos de ouro e pedra, mas sim afirmou que o menor gesto de bondade, dispensado em seu nome, será sempre considerado, no Alto, como oferenda de amor endereçada a ele próprio.

Emmanuel nos adverte que não é nossa eloquência doutrinária, defesa da honra de Jesus Cristo ou de uma crença religiosa, de cunho cristão, que vão nos fazer melhor perante o Mestre. Mas sim, se estivermos atentos a este seu pensamento: “Diante, pois, do próximo, que se acerca do teu coração, cada dia, lembra-te sempre de que estás situado na Terra para aprender e auxiliar”[1].
Que tenhamos certo de quem devemos seguir, se a Deus ou a Mamon.
Que Deus nos ajude.
Domício.

[1] Vide a mensagem de Emmanuel que contém este trecho, em sua íntegra, em Ajudemos sempre, quando ele discute sobre quem é o nosso próximo (Lucas, 10,29).

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