137
ATENDAMOS AO BEM
Em verdade vos digo que quantas vezes o
fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes.
Jesus (Mateus, 25:40).
Não só pelas palavras, que podem simbolizar folhas
brilhantes sobre um tronco estéril.
Não só pelo ato de crer. que, por vezes, não passa de
êxtase inoperante.
Não só pelos títulos, que, em muitas ocasiões, constituem possibilidades
de acesso aos abusos.
Não só pelas afirmações de fé, porque, em muitos casos, as
frases sonoras são gritos da alma vazia.
Não nos esqueçamos do "fazer".
A ligação com o Cristo, a comunhão com a Divina Luz, não
dependem do modo de interpretar as revelações do Céu.
Em todas as circunstâncias do seu apostolado de amor, Jesus
procurou buscar a atenção das criaturas, não para a forma do pensamento
religioso, mas para a bondade humana.
A Boa Nova não prometia a paz da vida superior aos que
calejassem os joelhos nas penitências incompreensíveis, aos que especulassem sobre
a natureza de Deus, que discutissem as coisas do Céu por antecipação, ou que
simplesmente pregassem as verdades eternas, mas exaltou a posição sublime de
todos os que disseminassem o amor, em nome do Todo-Misericordioso.
Jesus
não se comprometeu com os que combatessem, em seu nome, com os que humilhassem
os outros, a pretexto de glorificá-lo, ou com os que lhe oferecessem culto
espetacular, em templos de ouro e pedra, mas sim afirmou que o menor gesto de
bondade, dispensado em seu nome, será sempre considerado, no Alto, como
oferenda de amor endereçada a ele próprio.
NOSSA
REFLEXÃO
Este versículo do Evangelho de Mateus se encontra
interpretado no Cap. XV, Item 1 (Fora da caridade não há salvação) de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Jesus explica as condições para que nós,
humanos, adentremos ao Reino de Deus. Essa passagem é seguida de outra, também
reunida no mesmo capítulo, referenciado acima, da obra kardequiana (Item 2),
onde Jesus apresenta as características do nosso próximo, que é qualquer um que
está no nosso caminho, quando nos dita a Parábola do Bom Samaritano. Ambas são
interpretadas por A. Kardec, no Item 3 do mesmo capítulo.
Destaco, a seguir, um trecho dessa mensagem Emmanuel, ora
refletida por nós, que se nos apresenta como um chamamento ao que deve nos interessar
quando estivermos disposto a seguir o Mestre.
Jesus
não se comprometeu com os que combatessem, em seu nome, com os que humilhassem
os outros, a pretexto de glorificá-lo, ou com os que lhe oferecessem culto
espetacular, em templos de ouro e pedra, mas sim afirmou que o menor gesto de
bondade, dispensado em seu nome, será sempre considerado, no Alto, como
oferenda de amor endereçada a ele próprio.
Emmanuel nos adverte que não é nossa eloquência doutrinária,
defesa da honra de Jesus Cristo ou de uma crença religiosa, de cunho cristão,
que vão nos fazer melhor perante o Mestre. Mas sim, se estivermos atentos a
este seu pensamento: “Diante, pois, do próximo, que se acerca do teu coração,
cada dia, lembra-te sempre de que estás situado na Terra para aprender e auxiliar”[1].
Que tenhamos certo de quem devemos seguir, se a Deus ou a
Mamon.
Que Deus nos ajude.
Domício.
[1] Vide a mensagem de Emmanuel que contém
este trecho, em sua íntegra, em Ajudemos sempre, quando ele discute sobre quem é o nosso próximo (Lucas, 10,29).
Nenhum comentário:
Postar um comentário