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AJUDEMOS SEMPRE
E
quem é o meu próximo?
Lucas (10:29)
O próximo a quem precisamos prestar imediata assistência é
sempre a pessoa que se encontra mais perto de nós.
Em suma, é, por todos os modos, a criatura que se avizinha
de nossos passos. E como a Lei Divina recomenda amemos o próximo como a nós
mesmos, preparemo-nos para ajudar, infinitamente...
Se temos pela frente um familiar, auxiliemo-lo com a nossa cooperação
ativa.
Se somos defrontados por um superior hierárquico,
exercitemos o respeito e a boa vontade.
Se um subordinado nos procura, ajudemo-lo com atenção e
carinho.
Se um malfeitor nos visita, pratiquemos a fraternidade,
tentando, sem afetação, abrir-lhe rumos novos na direção do bem.
Se o doente nos pede socorro, compadeçamo-nos de sua posição,
qualquer que ela seja.
Se o bom se socorre de nossa palavra, estimulemo-lo a que
se faça melhor.
Se o mau nos busca a influência, amparemo-lo, sem alarde,
para que se corrija.
Se há Cristianismo em nossa consciência, o cultivo
sistemático da compreensão e da bondade tem força de lei em nossos destinos.
Um cristão sem atividade no bem é um doente de mau aspecto,
pesando na economia da coletividade.
No Evangelho, a posição neutra significa menor esforço.
Com Jesus, de perto, agindo intensivamente junto dele; ou
com Jesus, de longe, retardando o avanço da luz. E sabemos que o Divino Mestre
amou e amparou, lutou em favor da luz e resistiu à sombra, até à cruz.
Diante,
pois, do próximo, que se acerca do teu coração, cada dia, lembra-te sempre de
que estás situado na Terra para aprender e auxiliar.
NOSSA REFLEXÃO
A pergunta, grafada no caput
desta mensagem de Emmanuel, se deu no contexto em que Jesus anunciou a Parábola
do Bom Samaritano (Lucas, 10: 25-37). Allan Kardec e o Paulo, o Apóstolo, em
Espírito, nos ajudam a entender melhor essa parábola[1].
Devemos agir segundo Emmanuel nos adverte, nesta mensagem: [...] como
a Lei Divina recomenda amemos o próximo como a nós mesmos, preparemo-nos para
ajudar, infinitamente...”
Ou seja, devemos ser As Cartas do Cristo[2]
à gleba de sofredores e necessitados para os quais Ele dedicou seu messianato[3].
Emmanuel nos diz aqui que “no Evangelho, a posição neutra
significa menor esforço”. Ele corrobora o Espírito Paulo, o Apóstolo, que nos
ensina:
Submetei
todas as vossas ações ao governo da caridade e a consciência vos responderá.
Não só ela evitará que pratiqueis o mal, como também fará que pratiqueis o bem,
porquanto uma virtude negativa não basta: é necessária uma virtude ativa. Para
fazer-se o bem, mister sempre se torna a ação da vontade; para se não praticar
o mal, basta as mais das vezes a inércia e a despreocupação.[4]
Que estejamos sintonizados com o Cristo na hora que Ele
estiver assistindo um necessitado, e sejamos ativos, pois quase sempre somos
passivos.
Que Deus nos ajude.
Domício.
[1] Vide em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XV, itens 3 e 10, respectivamente.
[2] Emmanuel escreve sobre esse tema no livro
Caminho, Verdade e Vida. Vide também nossa reflexão em As Cartas do Cristo.
[3] Vide em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XIII, itens 7 e 8 e Cap. XV, itens 1,
3 e 10.
[4] O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XV, item 10.
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