domingo, 27 de setembro de 2020

SIGAMO-LO

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SIGAMO-LO

Aquele que me segue não andará em trevas.

Jesus (JOÃO, 8:12).

Há quem admire a glória do Cristo. Mas a admiração pura e simples pode transformar-se em êxtase inoperante.

Há quem creia nas promessas do Senhor. Todavia, a crença só por si pode gerar o fanatismo e a discórdia.

Há quem defenda a revelação de Jesus. Entretanto, a defesa considerada isoladamente pode gerar o sectarismo e a cegueira.

Há quem confie no Divino Mestre. Contudo, a confiança estagnada pode ser uma força inerte.

Há quem espere pelo eterno Benfeitor. No entanto, a expectativa sem trabalho pode ser ansiedade inútil.

Há quem louve o Salvador. Louvor exclusivo, porém, pode coagular a adoração improdutiva.

A palavra do Enviado celeste, entretanto, é clara e incisiva: "Aquele que me segue não andará em trevas."

Se te afeiçoaste ao Evangelho não te situes por fora do serviço cristão.

Procuremos o Senhor, seguindo-lhe os passos.

Somente assim estaremos com o Cristo, recebendo-lhe a excelsa luz.

NOSSA REFLEXÃO

Admiração, crença, defesa, confiança, espera, adoração e louvor a Jesus são expressões cultivadas por todo cristão. A passagem encarnada do Mestre pela Terra se constituiu um divisor histórico para a humanidade. Somos devedores de sua excelsa compaixão por nós.

Contudo, devemos ter em mente que Ele incentivou, por atos, a não nos prendermos a Palavra, mas à ação em favor do próximo e de nós mesmos.

Então, se quisermos a Sua companhia, devemos estar em ação caritativa, não só social, mas sobretudo moral, pois há muitos que estão na condição só de receber, materialmente falando[i]. Mesmo nessa condição, podemos estar com Jesus, se considerarmos o Sermão da Montanha[ii] e trabalharmos em nossa reforma íntima[iii] e em favor do próximo.

Que sejamos seguidores de Suas ações quando esteve conosco, pois elas representam toda a Palavra que Ele nos deixou.

Que Deus nos ajude.

Domício.



[i] Vide O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XIII, itens 9 e 10 e Cap. XV.

[ii] Vide a sua interpretação em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V, VII, VIII, IX e X.

[iii] “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más” (Allan Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVII, item 4.

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