domingo, 4 de outubro de 2020

OBSERVEMO-NOS

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OBSERVEMO-NOS

Aquele que diz permanecer nele, deve também andar como Ele andou.

João (I JOÃO, 2:6).

Há quem afirme viver com a bondade de Jesus e não hesita em atirar-se contra os semelhantes, através da maledicência e da crueldade.

Há quem assevere compreender o otimismo do Divino Mestre e não vacila em concentrar-se nas sombras do pessimismo e do desespero.

Há quem proclame a fraternidade do Cristo, incentivando a separação e a discórdia.

Há quem exalte o trabalho incessante do Senhor na extensão do bem, acomodando-se na rede da preguiça e do comodismo.

Há quem louve a simplicidade do eterno Amigo, complicando todos os problemas da estrada.

Há quem glorifique a paciência do sublime Instrutor, agarrando-se ao pedregulho da agressividade e da intolerância.

Se nos confessamos aprendizes do Evangelho, observemos os nossos próprios passos.

Lembremo-nos de que o nome de Jesus está empenhado em nossas mãos.

Assim compreendendo, afeiçoemo-nos ao Modelo divino.

Quando o apóstolo nos declara "aquele que diz permanecer nele, deve também andar como Ele andou", deseja naturalmente dizer: "quem se afirma seguidor de Jesus, decerto deverá imitar-lhe a conduta, buscando viver na exemplificação em que o Mestre viveu".

NOSSA REFLEXÃO

O Mestre Jesus nos disse, pois tinha/tem a autoridade para dizer, que Ele era/é o Caminho, a Verdade e a Vida, se constituindo um modelo para nós[i]. Ele, como um excelente Pedagogo, não nos deixou uma página escrita. Contudo, gravou nos corações dos que o seguiram, particularmente os Discípulos, como devia ser a nossa postura diante da vida e do semelhante. Como se dissesse, “sigam-me os bons”.

Para consolar os que viviam ou viveriam atribulações acerbas, no encantou com o grafado em Mateus (11: 28 a 30): “Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo”[ii].

Então, como Emmanuel nos atenta, nesta mensagem, ora refletida, devemos ser vigilantes quanto à nossa conduta no dia-a-dia, pois “se nos confessamos aprendizes do Evangelho, [devemos observar] os nossos próprios passos”, constituindo, assim, um bom terreno para o divino Semeador.

Que tenhamos a capacidade de discernir a boa semente da má, lançadas a nós, pois temos sido, milenarmente, um terreno pedregoso em que as boas sementes tem sido jogadas pelo Semeador, mas como não criam raízes, logo que o sol das adversidades aparece, elas ressecam (MATEUS, 13:1 a 9 ou 18 a 23)[iii].

Que Deus nos ajude.

Domício.



[i] Segundo os Espíritos Superiores que contribuíram com a Codificação Espírita, na resposta à questão de nº 625 de O Livro dos Espíritos, Jesus é “[...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo [...]”.

[ii] Vide dissertação de A. Kardec a respeito em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap.VI, Item 2. Recomendo a leitura de todo o capítulo, pois ele trata do advento do Espiritismo (ou do Espírito de Verdade que Ele prometeu), que é 3ª Revelação cristã.

[iii] Vide Capítulo XVII, Item 6, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, onde A. Kardec faz uma analogia da parábola com os diversos tipos de espíritas.

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