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OBSERVEMO-NOS
Aquele
que diz permanecer nele, deve também andar como Ele andou.
João (I JOÃO, 2:6).
Há
quem afirme viver com a bondade de Jesus e não hesita em atirar-se contra os
semelhantes, através da maledicência e da crueldade.
Há
quem assevere compreender o otimismo do Divino Mestre e não vacila em
concentrar-se nas sombras do pessimismo e do desespero.
Há
quem proclame a fraternidade do Cristo, incentivando a separação e a discórdia.
Há
quem exalte o trabalho incessante do Senhor na extensão do bem, acomodando-se
na rede da preguiça e do comodismo.
Há
quem louve a simplicidade do eterno Amigo, complicando todos os problemas da
estrada.
Há
quem glorifique a paciência do sublime Instrutor, agarrando-se ao pedregulho da
agressividade e da intolerância.
Se nos
confessamos aprendizes do Evangelho, observemos os nossos próprios passos.
Lembremo-nos
de que o nome de Jesus está empenhado em nossas mãos.
Assim
compreendendo, afeiçoemo-nos ao Modelo divino.
Quando
o apóstolo nos declara "aquele que diz permanecer nele, deve também andar
como Ele andou", deseja naturalmente dizer: "quem se afirma seguidor
de Jesus, decerto deverá imitar-lhe a conduta, buscando viver na exemplificação
em que o Mestre viveu".
NOSSA REFLEXÃO
O
Mestre Jesus nos disse, pois tinha/tem a autoridade para dizer, que Ele era/é o
Caminho, a Verdade e a Vida, se constituindo um modelo para nós[i]. Ele, como um excelente
Pedagogo, não nos deixou uma página escrita. Contudo, gravou nos corações dos
que o seguiram, particularmente os Discípulos, como devia ser a nossa postura
diante da vida e do semelhante. Como se dissesse, “sigam-me os bons”.
Para
consolar os que viviam ou viveriam atribulações acerbas, no encantou com o
grafado em Mateus (11: 28 a 30): “Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e
sobrecarregados, que Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei
comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas
almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo”[ii].
Então,
como Emmanuel nos atenta, nesta mensagem, ora refletida, devemos ser vigilantes
quanto à nossa conduta no dia-a-dia, pois “se nos confessamos aprendizes do
Evangelho, [devemos observar] os nossos próprios passos”, constituindo, assim,
um bom terreno para o divino Semeador.
Que tenhamos
a capacidade de discernir a boa semente da má, lançadas a nós, pois temos sido,
milenarmente, um terreno pedregoso em que as boas sementes tem sido jogadas
pelo Semeador, mas como não criam raízes, logo que o sol das adversidades
aparece, elas ressecam (MATEUS, 13:1 a 9 ou 18 a 23)[iii].
Que
Deus nos ajude.
Domício.
[i] Segundo os Espíritos Superiores que
contribuíram com a Codificação Espírita, na resposta à questão de nº 625 de O Livro dos Espíritos, Jesus é “[...] o tipo mais perfeito que Deus tem
oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo [...]”.
[ii] Vide dissertação de A. Kardec a
respeito em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap.VI, Item 2. Recomendo a leitura de
todo o capítulo, pois ele trata do advento do Espiritismo (ou do Espírito de Verdade
que Ele prometeu), que é 3ª Revelação cristã.
[iii] Vide Capítulo XVII, Item 6, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, onde A. Kardec faz uma analogia da parábola
com os diversos tipos de espíritas.
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