domingo, 6 de setembro de 2020

APRENDAMOS COM JESUS

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APRENDAMOS COM JESUS

Suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa; assim como o Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.

Paulo (COLOSSENSES, 3:13).

É impossível qualquer ação de conjunto, sem base na tolerância.

Aprendamos com o Cristo.

O Homem identifica no próprio corpo a lei da cooperação, sem a qual não permaneceria na Terra.

Se o estômago não suportasse as extravagâncias da boca, se as mãos não obedecessem aos impulsos da mente, se os pés não tolerassem o peso da máquina orgânica, a harmonia física resultaria de todo impraticável.

A queixa desfigura a dignidade do trabalho, retardando-lhe a execução.

Indispensável cultivar a renúncia aos pequenos desejos que nos são peculiares, a fim de conquistarmos a capacidade de sacrifício, que nos estruturará a sublimação em mais altos níveis.

Para que o trabalho nos eleve, precisamos elevá-lo.

Para que a tarefa nos ajude, é imprescindível nos disponhamos a ajudá-la.

Recordemos que o supremo Orientador das equipes de serviço cristão é sempre Jesus. Dentro delas, a nossa oportunidade de algo fazer constitui só por si valioso prêmio.

Esqueçamo-nos, assim, de todo o mal, para construirmos todo o bem ao nosso alcance.

E, para que possamos agir nessas normas, é imperioso suportar-nos como irmãos, aprendendo com o Senhor, que nos tem tolerado infinitamente.

NOSSA REFLEXÃO

O bom Jesus foi um exemplo de conduta para toda a humanidade. Afinal, foi para isso que se sacrificou ao descer de sua altura, até nós, para nos ensinar, pessoalmente, como deveríamos nos conduzir perante a todos e todas que convivessem conosco, em família, no clube, no trabalho, na rua e no templo religioso.

Reuniu doze Discípulos e serviu a todos como um verdadeiro líder deve fazer, motivando a todos a fazer o certo. Disse Ele:

Aquele que quiser tornar-se o maior, seja vosso servo; e aquele que quiser ser o primeiro entre vós seja vosso escravo; do mesmo modo que o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de muitos. (MATEUS, 20:20 a 28.)[i]

Então, baseados num princípio de humildade, devemos nos conduzir de modo cristão em qualquer trabalho, especialmente no trabalho espírita, como o Cristo nos ensinou. Na condição de líder de um grupo ou de um trabalho, devemos escutar a todos e a todas para que a sua Coordenação seja o resultado da compreensão real dos objetivos e procedimentos a serem executados.

Como Emmanuel nos adverte nesta mensagem, que ora refletimos:

Indispensável cultivar a renúncia aos pequenos desejos que nos são peculiares, a fim de conquistarmos a capacidade de sacrifício, que nos estruturará a sublimação em mais altos níveis.

Isto é, entender que o trabalho na seara cristã não é nosso, mas do Cristo, é indispensável para a harmonia de um grupo de trabalho espírita. Devemos ser nem muito arrogante, nem muito acrítico, pois muito vale a nossa experiência para o engrandecimento do trabalho. Contudo, não queiramos que sempre prevaleçam as nossas ideias.

Sejamos benevolentes com os nossos pares, como o Cristo é com todos nós, contando sempre com todos para que o seu trabalho cada vez mais surta efeito nas consciências de todos e todas que fazem ou buscam o trabalho assistencial ou espiritual oferecido pela Casa Espírita.

Que Deus nos ajude a ter sempre isso em mente no nosso dia a dia.

Domício.


[i] Allan Kardec disserta sobre essa passagem evangélica, e outras similares, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VII (Bem-aventurados os pobres de espíritos), Item 6.

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