domingo, 13 de setembro de 2020

DIANTE DE DEUS

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DIANTE DE DEUS

Pai nosso...

Jesus (MATEUS, 6:9).

Para Jesus, a existência de Deus não oferece motivo para contendas e altercações.

Não indaga em torno da natureza do Eterno.

Não pergunta onde mora.

Nele não vê a causa obscura e impessoal do Universo.

Chama-lhe simplesmente "nosso Pai".

Nos instantes de trabalho e de prece, de alegria e de sofrimento, dirige-se ao supremo Senhor, na posição de filho amoroso e confiante.

O Mestre padroniza para nós a atitude que nos cabe, perante Deus.

Nem pesquisa indébita.

Nem inquirição precipitada.

Nem exigência descabida.

Nem definição desrespeitosa.

Quando orares, procura a câmara secreta da consciência e confia-te a Deus, como nosso Pai Celestial.

Sê sincero e fiel.

Na condição de filhos necessitados, a Ele nos rendamos lealmente.

Não perguntes se Deus é um foco gerador de mundos ou se é uma força irradiando vidas.

Não possuímos ainda a inteligência suscetível de refletir-lhe a grandeza, mas trazemos o coração capaz de sentir-lhe o amor.

Procuremos, assim, nosso Pai, acima de tudo, e Deus, nosso Pai, nos escutará.

NOSSA REFLEXÃO

Essa entrega que Emmanuel nos propõe é coerente com o que Jesus Cristo nos assinalou, especialmente ao nos ensinar a orar ao nosso Pai.

Em nosso estágio evolutivo não é possível compreendermos a essência de Deus, pois segundo os Espíritos Superiores, respondendo à Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos (questões 10, 11 e 214):

10 – Pode o homem compreender a natureza íntima de Deus?

“Não; falta-lhe para isso o sentido.”

11 – Será dado um dia ao homem compreender o mistério da Divindade?

“Quando não mais tiver o espírito obscurecido pela matéria. Quando, pela sua perfeição, se houver aproximado de Deus, ele o verá e compreenderá.” A inferioridade das faculdades do homem não lhe permite compreender a natureza íntima de Deus. Na infância da Humanidade, o homem o confunde muitas vezes com a criatura, cujas imperfeições lhe atribui; mas, à medida que nele se desenvolve o senso moral, seu pensamento penetra melhor no âmago das coisas; então, faz ideia mais justa da Divindade e, ainda que sempre incompleta, mais conforme a sã razão.

244 – Os Espíritos veem a Deus?

“Só os Espíritos superiores o veem e compreendem. Os inferiores o sentem e adivinham.”

Emmanuel, um dos colaboradores da Codificação Espírita, nessa mensagem ora refletida, corrobora as respostas acima, quando nos fala que “não possuímos ainda a inteligência suscetível de refletir-lhe a grandeza, mas trazemos o coração capaz de sentir-lhe o amor”.

Um dia chegaremos à condição de Espíritos Puros[i] e, então, poderemos compreender a Deus.

Sejamos, então, humildes ao nos dirigir ao nosso Pai, pois somos suas crias e ele nos quer perfeitos. Emmanuel enfatiza, acima, que “na condição de filhos necessitados, a Ele nos rendamos lealmente”.

Que os bons Espíritos ajude a lembrar disso.

Domício.

Ofereço ao leitor e à leitora  deste blog uma poema de L. Angel


Verbos auxiliares

L. Angel      12/09/2020

 

Quando algum mal inesperado surgir,

Causando-lhe certa angústia,

Sê firme e não deixe o desânimo te atingir:

Aceita, agradece, entrega e confia*.

 

Se as coisas não fazem jus à luta,

Desanimando a continuar, causando-lhe apatia,

Segue em frente e escuta:

Aceita, agradece, entrega e confia.

 

Na vida tudo passa, dia após dia.

Se algo não der certo,

Aceita, agradece, entrega e confia.

 

Se algo muito te desafia,

Não se sinta só, Deus está por perto.

Aceita, agradece, entrega e confia.

 

*Professor Hermógenes


[i] Vide Parte Segunda, Cap. I, itens 100 a 113 de O Livro dos Espíritos (especialmente os itens 112 e 113) sobre a Escala evolutiva dos Espíritos.

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