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DIANTE
DE DEUS
Pai
nosso...
Jesus
(MATEUS, 6:9).
Para
Jesus, a existência de Deus não oferece motivo para contendas e altercações.
Não
indaga em torno da natureza do Eterno.
Não
pergunta onde mora.
Nele
não vê a causa obscura e impessoal do Universo.
Chama-lhe
simplesmente "nosso Pai".
Nos
instantes de trabalho e de prece, de alegria e de sofrimento, dirige-se ao supremo
Senhor, na posição de filho amoroso e confiante.
O
Mestre padroniza para nós a atitude que nos cabe, perante Deus.
Nem
pesquisa indébita.
Nem
inquirição precipitada.
Nem
exigência descabida.
Nem
definição desrespeitosa.
Quando
orares, procura a câmara secreta da consciência e confia-te a Deus, como nosso
Pai Celestial.
Sê
sincero e fiel.
Na
condição de filhos necessitados, a Ele nos rendamos lealmente.
Não
perguntes se Deus é um foco gerador de mundos ou se é uma força irradiando
vidas.
Não
possuímos ainda a inteligência suscetível de refletir-lhe a grandeza, mas
trazemos o coração capaz de sentir-lhe o amor.
Procuremos,
assim, nosso Pai, acima de tudo, e Deus, nosso Pai, nos escutará.
NOSSA REFLEXÃO
Essa
entrega que Emmanuel nos propõe é coerente com o que Jesus Cristo nos
assinalou, especialmente ao nos ensinar a orar ao nosso Pai.
Em nosso
estágio evolutivo não é possível compreendermos a essência de Deus, pois segundo os Espíritos
Superiores, respondendo à Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos (questões 10, 11 e 214):
10 – Pode
o homem compreender a natureza íntima de Deus?
“Não;
falta-lhe para isso o sentido.”
11 – Será
dado um dia ao homem compreender o mistério da Divindade?
“Quando
não mais tiver o espírito obscurecido pela matéria. Quando, pela sua perfeição,
se houver aproximado de Deus, ele o verá e compreenderá.” A inferioridade das
faculdades do homem não lhe permite compreender a natureza íntima de Deus. Na
infância da Humanidade, o homem o confunde muitas vezes com a criatura, cujas
imperfeições lhe atribui; mas, à medida que nele se desenvolve o senso moral,
seu pensamento penetra melhor no âmago das coisas; então, faz ideia mais justa
da Divindade e, ainda que sempre incompleta, mais conforme a sã razão.
244 –
Os Espíritos veem a Deus?
“Só os
Espíritos superiores o veem e compreendem. Os inferiores o sentem e adivinham.”
Emmanuel,
um dos colaboradores da Codificação Espírita, nessa mensagem ora refletida,
corrobora as respostas acima, quando nos fala que “não possuímos ainda a
inteligência suscetível de refletir-lhe a grandeza, mas trazemos o coração
capaz de sentir-lhe o amor”.
Um dia
chegaremos à condição de Espíritos Puros[i] e, então, poderemos
compreender a Deus.
Sejamos,
então, humildes ao nos dirigir ao nosso Pai, pois somos suas crias e ele nos
quer perfeitos. Emmanuel enfatiza, acima, que “na condição de filhos
necessitados, a Ele nos rendamos lealmente”.
Que os
bons Espíritos ajude a lembrar disso.
Domício.
Ofereço ao leitor e à leitora deste blog uma poema de L. Angel
Verbos auxiliares
L. Angel 12/09/2020
Quando algum mal inesperado surgir,
Causando-lhe certa angústia,
Sê firme e não deixe o desânimo te atingir:
Aceita, agradece, entrega e confia*.
Se as coisas não fazem jus à luta,
Desanimando a continuar, causando-lhe apatia,
Segue em frente e escuta:
Aceita, agradece, entrega e confia.
Na vida tudo passa, dia após dia.
Se algo não der certo,
Aceita, agradece, entrega e confia.
Se algo muito te desafia,
Não se sinta só, Deus está por perto.
Aceita, agradece, entrega e confia.
*Professor Hermógenes
[i] Vide Parte Segunda, Cap. I, itens 100 a
113 de O Livro dos Espíritos (especialmente os itens 112 e 113) sobre a Escala evolutiva
dos Espíritos.
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