domingo, 9 de fevereiro de 2020

QUE TENDES?

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QUE TENDES?
Quantos pães tendes? E disseram-lhe: Sete.
Marcos (8:5).
Quando Jesus, à frente da multidão faminta, indagou das possibilidades dos discípulos para atendê-la, decerto procurava uma base, a fim de materializar o socorro preciso.
"Quantos pães tendes?"
A pergunta denuncia a necessidade de algum concurso para o serviço da multiplicação.
Conta-nos o evangelista Marcos que os companheiros apresentaram-lhe sete pãezinhos, dos quais se alimentaram mais de quatro mil pessoas, sobrando apreciável quantidade.
Teria o Mestre conseguido tanto se não pudesse contar com recurso algum?
A imagem compele-nos a meditar quanto ao impositivo de nossa cooperação, para que o Celeste Benfeitor nos felicite com os seus dons de vida abundante.
Poderá o Cristo edificar o santuário da felicidade em nós e para nós, se não puder contar com os alicerces da boa-vontade em nosso coração?
A usina mais poderosa não prescinde da tomada humilde para iluminar um aposento.
Muitos esperam o milagre da manifestação do Senhor, a fim de que se lhes sacie a fome de paz e reconforto, mas a voz do Mestre, no monte, continua ressoando, inesquecível:
– Que tendes?
Infinita é a Bondade de Deus, todavia, algo deve surgir de nosso "eu", em nosso favor.
Em qualquer terreno de nossas realizações para a vida mais alta, apresentemos a Jesus algumas reduzidas migalhas de esforço próprio e estejamos convictos de que o Senhor fará o resto.
NOSSA REFLEXÃO
O esforço de nossa cooperação para com a nossa aprendizagem e a dos nossos irmãos, em qualquer situação de nossa vida, seja profissional, social ou espiritual, é o sinal que damos ao Mestre e seus colaboradores do Mundo Maior que estamos prontos para o trabalho. Somos aproveitados para contribuirmos das mais diferentes formas à humanidade terrestre.
Não precisamos de muito, a não ser o que temos. Jesus entendeu que 7 era suficiente e o multiplicou. Quando nos colocamos em serviço, o pouco que temos se multiplica e, às vezes, nos impressionamos por ter feito tanto. Este evento grafado em Marcos (8: 5), e acima interpretado por Emmanuel, nos faz lembrar de duas parábolas: a Parábola do Trabalhador da Última Hora[1] e a Parábola dos Talentos[2].
Nós estamos na última hora. Chegou o tempo da regeneração da humanidade e precisamos nos colocar à disposição do trabalho de reformas interiores e exteriores, mas conforme os princípios do Cristo. Todas as reformas devem ser feitas visando a melhoria dos meios ambiente material e espiritual que reúnem os seres da natureza, os mais necessitados que nós e a nós mesmos, moralmente falando.
Que Deus nos ajude.
Domício.

[1] Vide Instruções dos Espíritos Superiores in O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XX.
[2] Vide postagem anterior deste blog.

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