domingo, 22 de setembro de 2019

GUARDEMOS LEALDADE


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GUARDEMOS LEALDADE
Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel.
Paulo (I Coríntios, 4:2).
Vivamos cada dia fazendo o melhor ao nosso alcance.
Se administras, sê justo na distribuição do trabalho.
Se legislas, sê fiel ao bem de todos.
Se espalhas, os dons da fé, não te descuides das almas que te rodeiam.
Se ensinas, sê claro na lição.
Se te devotas à arte, não corrompas a inspiração divina.
Se curas, não menosprezes o doente.
Se constróis, atende à segurança.
Se aras o solo, faze-o com alegria.
Se cooperas na limpeza pública, abraça na higiene o teu sacerdócio.
Se edificaste um lar, sublima-o para as bênçãos de amor e luz, ainda mesmo que isso te custe aflição e sacrifício.
Não te inquietes por mudanças inesperadas, nem te impressione a vitória aparente daqueles que cuidam de múltiplos interesses, com exceção dos que lhes dizem respeito.
Recorda o olhar vigilante da divina Providência que nos observa todos os passos.
Lembra-te de que vives, onde te encontras, por iniciativa do Poder Maior que nos supervisiona os destinos e guardemos lealdade às obrigações que nos cercam. E, agindo incessantemente na extensão do bem, no campo de luta que a vida nos confia, esperemos por novas decisões da Lei a nosso respeito, porque a própria Lei nos elevará de plano e nos sublimará as atividades no momento oportuno.
NOSSA REFLEXÃO
Disse o Ministro Genésio, ao André Luiz, no livro “Nosso Lar”: “Quando o servidor está pronto, o serviço aparece”. E Emmanuel nos lembra, que quando estivermos num abençoado serviço ao bem, seja na lida profissional diária, seja numa atividade religiosa, seja no dia a dia no convívio com os familiares e amigos, que nós “[...] esperemos por novas decisões da Lei a nosso respeito, porque a própria Lei nos elevará de plano e nos sublimará as atividades no momento oportuno”.
Sejamos fiéis despenseiros das oportunidades de serviço, pois num planeta de provas e expiações, devemos estar sempre preparados para o serviço no bem. A Espiritualidade Maior nos avalia quanto ao nosso poder de ajudar alguém que lhe pediu ajuda, ou mesmo sem ter pedido, mas que se encontra necessitado.
Sejamos, sempre, qual o trabalhador da última hora, pois, no serviço do bem, as responsabilidades são cada vez mais engrandecidas a medida que mostramos evolução na maneira de se colocar à disposição para tarefas de maior envergadura.
No entanto, sejamos dóceis às minudências de um trabalho novo, pois temos, em geral, uma Coordenação acima de nós que quer aproveitar o máximo possível de nossa boa vontade e qualidade de nossos recursos colocados à disposição. A exemplo disso, podemos citar o trabalho inicial de Allan Kardec, sob a direção dos Espíritos Superiores que estavam à frente da Codificação espírita, do lado do plano espiritual. Nos “Prolegômenos” de O Livro dos Espíritos, A. Kardec recebeu a seguinte exortação dos Espíritos Superiores, como a lhe lembrar que havia uma Coordenação divina no trabalho a que ele aceitou de muito boa mente:
Ocupa-te, cheio de zelo e perseverança, do trabalho que empreendeste com o nosso concurso, pois esse trabalho é nosso. Nele pusemos as bases de um novo edifício que se eleva e que um dia há de reunir todos os homens num mesmo sentimento de amor e caridade. Mas, antes de o divulgares, revê-lo-emos juntos, a fim de lhe verificarmos todas as minúcias[1].

Que tenhamos, sempre, em mente, que todo trabalho deve contar com as bênçãos do Senhor, nosso Pai, e do nosso Irmão Jesus Cristo.
Que sejamos fiéis ao Senhor. Todo trabalho na seara cristã, não necessariamente realizado junto a um Centro Espírita ou outro templo religioso, requer boa vontade, persistência e humildade para que não estraguemos o serviço em andamento e a nossa evolução, consequentemente.
Que Deus nos ajude.
Domício.


[1] O Livro dos Espíritos, “Prolegômenos”, p. 69.

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