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GUARDEMOS LEALDADE
Além disso, requer-se nos despenseiros que cada
um se ache fiel.
Paulo (I Coríntios, 4:2).
Vivamos cada dia fazendo o melhor ao nosso alcance.
Se administras, sê justo na distribuição do trabalho.
Se legislas, sê fiel ao bem de todos.
Se espalhas, os dons da fé, não te descuides das almas que
te rodeiam.
Se ensinas, sê claro na lição.
Se te devotas à arte, não corrompas a inspiração divina.
Se curas, não menosprezes o doente.
Se constróis, atende à segurança.
Se aras o solo, faze-o com alegria.
Se cooperas na limpeza pública, abraça na higiene o teu
sacerdócio.
Se edificaste um lar, sublima-o para as bênçãos de amor e
luz, ainda mesmo que isso te custe aflição e sacrifício.
Não te inquietes por mudanças inesperadas, nem te impressione
a vitória aparente daqueles que cuidam de múltiplos interesses, com exceção dos
que lhes dizem respeito.
Recorda o olhar vigilante da divina Providência que nos
observa todos os passos.
Lembra-te
de que vives, onde te encontras, por iniciativa do Poder Maior que nos
supervisiona os destinos e guardemos lealdade às obrigações que nos cercam. E,
agindo incessantemente na extensão do bem, no campo de luta que a vida nos
confia, esperemos por novas decisões da Lei a nosso respeito, porque a própria
Lei nos elevará de plano e nos sublimará as atividades no momento oportuno.
NOSSA REFLEXÃO
Disse o Ministro Genésio, ao André Luiz, no livro “Nosso
Lar”: “Quando o servidor está pronto, o serviço
aparece”. E Emmanuel nos lembra, que quando estivermos num abençoado
serviço ao bem, seja na lida profissional diária, seja numa atividade
religiosa, seja no dia a dia no convívio com os familiares e amigos, que nós “[...]
esperemos por novas decisões da Lei a nosso respeito, porque a própria
Lei nos elevará de plano e nos sublimará as atividades no momento oportuno”.
Sejamos fiéis despenseiros das oportunidades de serviço,
pois num planeta de provas e expiações, devemos estar sempre preparados para o
serviço no bem. A Espiritualidade Maior nos avalia quanto ao nosso poder de
ajudar alguém que lhe pediu ajuda, ou mesmo sem ter pedido, mas que se encontra
necessitado.
Sejamos, sempre, qual o trabalhador da última hora, pois,
no serviço do bem, as responsabilidades são cada vez mais engrandecidas a
medida que mostramos evolução na maneira de se colocar à disposição para tarefas
de maior envergadura.
No entanto, sejamos dóceis às minudências de um trabalho
novo, pois temos, em geral, uma Coordenação acima de nós que quer aproveitar o
máximo possível de nossa boa vontade e qualidade de nossos recursos colocados à
disposição. A exemplo disso, podemos citar o trabalho inicial de Allan Kardec,
sob a direção dos Espíritos Superiores que estavam à frente da Codificação
espírita, do lado do plano espiritual. Nos “Prolegômenos” de O Livro dos
Espíritos, A. Kardec recebeu a seguinte exortação dos Espíritos Superiores,
como a lhe lembrar que havia uma Coordenação divina no trabalho a que ele
aceitou de muito boa mente:
Ocupa-te,
cheio de zelo e perseverança, do trabalho que empreendeste com o nosso
concurso, pois esse trabalho é nosso. Nele pusemos as bases de um novo edifício
que se eleva e que um dia há de reunir todos os homens num mesmo sentimento de
amor e caridade. Mas, antes de o divulgares, revê-lo-emos juntos, a fim de lhe
verificarmos todas as minúcias[1].
Que tenhamos, sempre, em mente, que todo trabalho deve
contar com as bênçãos do Senhor, nosso Pai, e do nosso Irmão Jesus Cristo.
Que sejamos fiéis ao Senhor. Todo trabalho na seara cristã,
não necessariamente realizado junto a um Centro Espírita ou outro templo religioso,
requer boa vontade, persistência e humildade para que não estraguemos o serviço
em andamento e a nossa evolução, consequentemente.
Que Deus nos ajude.
Domício.
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