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VARONILMENTE
Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos
varonilmente, sede fortes.
Paulo (I CORÍNTIOS, 16:13).
Vigiai na luta comum.
Permanecei firmes na fé, ante a tempestade.
Portai-vos varonilmente em todos os lances difíceis.
Sede fortes na dor, para guardar-lhe a lição de luz.
Reveste-se o conselho de Paulo aos coríntios, ainda hoje,
de surpreendente oportunidade.
Para conquistarmos os valores substanciais da redenção, é imprescindível
conservar a fortaleza de ânimo de quem confia no Senhor e em si mesmo.
Não vale a chuva de lágrimas despropositadas, ante a falta
cometida.
Arrependermo-nos de qualquer gesto maligno é dever, mas
pranteá-lo indefinidamente é roubar tempo ao serviço de retificação.
Certo, o mal deliberado é um crime, todavia, o erro impensado
é ensinamento valioso, sempre que o homem se inclina aos desígnios do Senhor.
Sem resistência moral, no turbilhão de conflitos
purificadores, o coração mais nobre se despedaça.
Não nos cabe, portanto, repousar no serviço de elevação.
É natural que venhamos a tropeçar muitas vezes.
É compreensível que nos firamos frequentemente nos espinhos
da senda.
Lastimável, contudo, será a nossa situação toda vez que
exigirmos rede macia de consolações indébitas, interrompendo a marcha para o Alto.
O
cristão não é aprendiz de repouso falso. Discípulo de um Mestre que serviu sem
acepção de pessoas até à cruz, compete-lhe trabalhar na sementeira e na seara
do infinito Bem, vigiando, ajudando e agindo varonilmente.
NOSSA REFLEXÃO
Somos todos falíveis, ou fadados a cair, pois ainda não adquirimos a perfeição. No entanto,
não perecemos com os erros cometidos, pois aprendemos com eles o que não
devemos fazer. De outro modo, ao “fracassar”, abrimos os olhos para outras
perspectivas não pensadas quando optamos por uma ação motivada por um
pensamento que, a princípio, seria vantajoso para nós e até mesmo para aqueles
mais próximo de nós. Thomas Alva Edson, um dos gênios da humanidade, era um
incansável. De espírito empreendedor, nunca desistia ante um “fracasso” (ele
não entendia desse modo), deixando-nos palavras de estímulo e perseverança,
como a seguinte: “De fato, não fracassei ao
tentar, cerca de 10.000 vezes, desenvolver um acumulador. Simplesmente,
encontrei 10.000 maneiras que não funcionam”[1].
Emmanuel nos traz o tema da fé, quando nos faz pensar que:
“Para conquistarmos os valores substanciais da redenção, é imprescindível
conservar a fortaleza de ânimo de quem confia no Senhor e em si mesmo”. Este
pensar sintoniza-se com a orientação de Um
Espírito Protetor que nos ensinou que a fé pode ser divina ou humana[2]. Essas duas perspectivas,
se reunidas, podem dar ao ser humano um poder de um deus (JOÃO, 10:34 e 35).
Sendo falíveis, cairemos tantas vezes quantas forem
necessárias para descobrimos o caminho certo. Isto varia de Espírito para
Espírito, mas todos chegarão no cume da Escala Espírita da evolução espiritual.[4]
Que possamos ser varonis na luta pelo nosso aperfeiçoamento
espiritual, lembrando que o Cristo veio para os que tem olhos de ver e ouvidos
de ouvir[5]. Não foi à toa que nos
citou a Parábola do Filho Pródigo[6].
Que Deus nos ajude.
Domício.
[1] Disponível: https://www.frasesfamosas.com.br/frases-de/thomas-alva-edison/. Acesso: 17 mar. 2019.
[2] “A fé é humana ou divina, conforme o
homem aplica suas faculdades à satisfação das necessidades terrenas, ou das
suas aspirações celestiais e futuras. O homem de gênio, que se lança à
realização de algum grande empreendimento, triunfa, se tem fé, porque sente em
si que pode e há de chegar ao fim colimado, certeza que lhe faculta imensa
força. O homem de bem que, crente em seu futuro celeste, deseja encher de belas
e nobres ações a sua existência, haure na sua fé, na certeza da felicidade que
o espera, a força necessária, e ainda aí se operam milagres de caridade, de
devotamento e de abnegação. Enfim, com a fé, não há maus pendores que se não
chegue a vencer” (In: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XIX, item 12).
[5] Aproximando-se,
disseram-lhe os discípulos: “Por que lhes falas por parábolas?” —
Respondendo-lhes, disse Ele: “É porque a vós outros foi dado conhecer os
mistérios do Reino dos Céus; mas, a eles, isso não lhes foi dado. Porque àquele
que já tem, mais se lhe dará e ele ficará na abundância; àquele, entretanto,
que não tem, mesmo o que tem se lhe tirará. Falo-lhes por parábolas, porque,
vendo, não veem e, ouvindo, não escutam e não compreendem. E neles se cumprirá
a profecia de Isaías, que diz: ‘Ouvireis com os vossos ouvidos, e não
escutareis; olhareis com os vossos olhos, e não vereis. Porque, o coração deste
povo se tornou pesado, e seus ouvidos se tornaram surdos e fecharam os olhos
para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, para que seu coração
não compreenda e para que, tendo-se convertido, Eu não os cure’” (Mateus, 13:10
a 15.). Vide interpretação de A. Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo,
Cap. XXIV, itens 4-7.
[6]Vide estudo sobre essa passagem
evangélica em https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2013/01/Mod-3-Rot-1-O-filho-prodigo.pdf.
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