domingo, 6 de dezembro de 2020

NECESSIDADE DO BEM

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NECESSIDADE DO BEM

E consideremo-nos uns aos outros para nos estimularmos à caridade e às boas obras.

Paulo (HEBREUS 10 :24).

Muitas instituições da vida cristã, respeitáveis por seus programas e fundamentos, sofrem prejuízos incalculáveis, em razão da leviandade com que muitos companheiros se observam uns aos outros.

Aqui, comenta-se o passado desairoso de quem procura hoje recuperar-se dignamente; ali, pequenos gestos infelizes são analisados, através das escuras lentes do sarcasmo e da crítica...

A censura e a reprovação indiscriminadas, todavia, derramam-se na família de ideal, como chuva de corrosivos na plantação, aniquilando germes nascentes, destruindo flores viçosas e envenenando frutos destinados aos celeiros do progresso comum.

Nunca é demais repetir a necessidade de perdão, bondade e otimismo, em nossas fileiras e atividades.

Lembremo-nos de que, com o nosso auxílio, tudo hoje pode ser melhor que ontem, e tudo amanhã será melhor que hoje.

O mal, em qualquer circunstância, é desarmonia à frente da Lei e todo desequilíbrio redunda em dificuldade e sofrimento.

Examinemo-nos mutuamente, acendendo a luz da fraternidade para que a fraternidade nos clareie os destinos.

Sem perseverança no bem, não há caminho para a felicidade.

Por isso mesmo, recomendou-nos o Apóstolo Paulo: - "e consideremo-nos uns aos outros para nos estimularmos à caridade e às boas obras", porque somente nessa diretriz estaremos servindo à construção do Reino do Amor.

NOSSA REFLEXÃO

A união em torno de um projeto é fundamental para que ele chegue a ser bem sucedido. Emmanuel, nesta mensagem, nos conclama, baseado em Paulo, a sermos unidos, fraternos, indulgentes e misericordiosos com os companheiros de um trabalho cristão, como todo espírita o é.

Sendo humanos, habitantes de um planeta de provas e expiações, é natural as desavenças. Mas toda desavença é um indicativo de aprendizagem e exercício da caridade. Não podemos perder energias convencendo um grupo cristão de que nós é que estamos certos em uma reunião de trabalho coletivo. Sejamos abertos a ideias novas, mas que estejam condizentes com a Doutrina Cristã. Com vontade de ajudar, e, assim, somos ajudados a ajudar, caminharemos para o bom senso.

Sendo nós trabalhadores da última hora, lembremos o que nos diz O Espírito de Verdade sobre esta questão:

Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: “Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra”, porquanto o Senhor lhes dirá: “Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!” Mas ai daqueles que, por efeito das suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita, pois a tempestade virá e eles serão levados no turbilhão![i]

Tenhamos o entendimento que qualquer obra cristã não é de quem executa, mas, sim, do Mestre que conta com todos (as) aqueles (as) que estavam sem serviço e encontram uma oportunidade de colaborarem com uma obra que não é deles (as).[ii]

Tenhamos em mente que devemos ser humildes quando uma ideia nossa não é aceita pelos companheiros de um trabalho cristão. Ajudemos na medida do possível, sempre.

Que Deus nos ajude, hoje e sempre.

Domício.


[i] In: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XX (Os trabalhadores de última hora), Item 5 (Os obreiros do Senhor). Sugiro ler a mensagem na íntegra.
[ii]
“2. O obreiro da última hora tem direito ao salário, mas é preciso que a sua boa vontade o haja conservado à disposição daquele que o tinha de empregar e que o seu retardamento não seja fruto da preguiça ou da má vontade. Tem ele direito ao salário, porque desde a alvorada esperava com impaciência aquele que por fim o chamaria para o trabalho. Laborioso, apenas lhe faltava o labor”(Constantino, Espírito Protetor in: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XX, Item 2).

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