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REPAREMOS
NOSSAS MÃOS
Mostrou-lhes
as suas mãos.
João (20:20).
Reaparecendo
aos discípulos, depois da morte, eis que Jesus, ao se identificar, lhes deixa
ver o corpo ferido, mostrando-lhes destacadamente as mãos...
As
mãos que haviam restituído a visão aos cegos, levantado paralíticos, curado
enfermos e abençoado velhinhos e crianças, traziam as marcas do sacrifício.
Traspassadas
pelos cravos da cruz, lembravam-lhe a suprema renúncia.
As
mãos do divino Trabalhador não recolheram do mundo apenas calos do esforço
intensivo na charrua do bem. Receberam feridas sanguinolentas e dolorosas...
O
ensinamento recorda-nos a atividade das mãos em todos os recantos do Globo.
O
coração inspira.
O
cérebro pensa.
As
mãos realizam.
Em
toda parte, agita-se a vida humana pelas mãos que comandam e obedecem.
Mãos
que dirigem, que constroem, que semeiam, que afagam, que ajudam e que
ensinam... E mãos que matam, que ferem, que apedrejam, que batem, que
incendeiam, que amaldiçoam...
Todos
possuímos nas mãos antenas vivas por onde se nos exterioriza a vida espiritual.
Reflete,
pois, sobre o que fazes, cada dia.
Não
olvides que, além da morte, nossas mãos exibem os sinais da nossa passagem pela
Terra. As do Cristo, o Eterno Benfeitor, revelavam as chagas obtidas na divina
lavoura do amor. As tuas, amanhã, igualmente falarão de ti, no mundo
espiritual, onde, interrompida a experiência terrestre, cada criatura arrecada
as bênçãos ou as lições da vida, de acordo com as próprias obras.
NOSSA REFLEXÃO
A passagem
evangélica, inspiradora desta página de Emmanuel, ocorreu na despedida de Jesus
após o Seu sacrifício último entre nós.
Entre crença
e descrença, os discípulos, particularmente Tomé, precisava ver a materialização
do Mestre para confirmar as escrituras e mesmo solidificar sua fé.
As
mãos de Jesus foi como uma constatação de que o Messias esteve entre nós.
Emmanuel, inspirada e conscientemente, simboliza a demonstração das mãos do
Mestre como a prestação de contas que todo nós, ao retornar ao plano espiritual,
devermos fazer.
Entendemos
que nas mãos, como Emmanuel nos apresenta, está a prestação de contas de nossa
vida física, após o desenlace do Espírito. Como ele, nesta mensagem, diz: “O
coração inspira. O cérebro pensa. As mãos realizam”. Assim, a mão se configura
como extensão do coração e do cérebro. Ela é a nossa primeira e permanente tecnologia
ao longo da vida para realizarmos nossos planos elaborados pelo cérebro com
grande contribuição do coração.
Do
coração, nasce a ideia, a intenção, o modo como cada ação será desenvolvida.
Neste processo está a nossa vitória ou a nossa queda ou mudança espiritual
nula. O Cristo não deixou de nos exortar o modo como deveríamos exercer a
caridade, como está grafado em Mateus (6: 1-4):
Quando derdes
esmola, não saiba a vossa mão esquerda o que faz a vossa mão direita; a fim de
que a esmola fique em segredo, e vosso Pai, que vê o que se passa em segredo,
vos recompensará. (Mateus, 6: 3 e 4).[i]
Devemos
em toda ação, não só na Assistência Social, usar nossas “mãos” da melhor maneira
que possa significar requisitos para a nossa credencial no Reino de Jesus. O que
fazemos com elas reverte nossa roupagem (ou “túnica nupcial”) que teremos
quando quisermos adentrar a este Reino.[ii]
De outro
modo, “pelas suas obras é que se reconhece o cristão”.[iii]
Que
tenhamos isto em mente em toda realização nossa.
Que
Deus nos ajude.
Domício.
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