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PARENTES
Mas se alguém não tem cuidado dos seus e
principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel.
Paulo (I TIMÓTEO, 5: 8).
A casualidade não se encontra nos laços da parentela.
Princípios sutis da Lei funcionam nas ligações consanguíneas.
Impelidos pelas causas do passado a reunir-nos no presente,
é indispensável pagar com alegria os débitos que nos imanam a alguns corações,
a fim de que venhamos a solver nossas dívidas para com a Humanidade.
Inútil é a fuga dos credores que respiram conosco sob o
mesmo teto, porque o tempo nos aguardará implacável, constrangendo-nos à liquidação
de todos os compromissos.
Temos companheiros de voz adocicada e edificante na
propaganda salvacionista, que se fazem verdadeiros trovões de intolerância na atmosfera
caseira, acumulando energias desequilibradas em torno das próprias tarefas.
Sem dúvida, a equipe familiar no mundo nem sempre é um
jardim de flores. Por vezes, é um espinheiro de preocupações e de angústias, reclamando-nos
sacrifício. Contudo, embora necessitemos de firmeza nas atitudes para temperar
a afetividade que nos é própria, jamais conseguiremos sanar as feridas do nosso
ambiente particular com o chicote da violência ou com o emplastro do desleixo.
Consoante a advertência do Apóstolo, se nos falha o cuidado
para com a própria família, estaremos negando a fé.
Os
parentes são obras de amor que o Pai compassivo nos deu a realizar.
Ajudemo-los, através da cooperação e do carinho, atendendo aos desígnios da
verdadeira fraternidade. Somente adestrando paciência e compreensão, tolerância
e bondade, na praia estreita do lar, é que nos habilitaremos a servir com
vitória, no mar alto das grandes experiências.
NOSSA
REFLEXÃO
Allan Kardec, no Cap. XIV de O Evangelho Segundo o Espiritismo, trata da questão da honra que se deve ter
ao Pais. Nesse capítulo, o Item 8 trata distinção entre parentesco corporal e o
parentesco espiritual. Traz-nos os possíveis motivos dos reencontros em família
que se dão por aproximação de Espíritos afins, estranhos entre si e até desafetos.
A ideia é fortalecer os laços espirituais ou constituir novos laços com aqueles
que não foram afins ou foram desafetos.
Emmanuel, baseado na exortação de Paulo à Timóteo, reflete
sobre nossa necessidade de sermos bons parentes com uns e umas, para que nos
tornemos bons familiares com todos e todas. Essa questão, ele trata em outra mensagem
que compõe o seu livro “Caminho Verdade e Vida”, a qual ele intitulou “Parentela”.
Esta mensagem de Emmanuel, ora refletida, é um convite a
todos e a todas que vivem sob um teto, em família, a se conduzirem pela
disposição do diálogo, freiando, na medida das forças de cada um, o ímpeto da
intolerância. Como a nos convidar a seguir firme no nosso propósito evolutivo,
ele nos lembra, em suas palavras finais:
Os
parentes são obras de amor que o Pai compassivo nos deu a realizar.
Ajudemo-los, através da cooperação e do carinho, atendendo aos desígnios da
verdadeira fraternidade. Somente adestrando paciência e compreensão, tolerância
e bondade, na praia estreita do lar, é que nos habilitaremos a servir com
vitória, no mar alto das grandes experiências.
Que possamos seguir fiéis em relação aos cuidados que
devemos ter para com os nossos familiares/parentes.
Que Deus nos ajude.
Domício.
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