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APRENDAMOS A AGRADECER
Em tudo dai graças.
Paulo
(I TESSALONICENSES, 5: 18).
Saibamos agradecer as dádivas que o Senhor nos concede cada
dia:
A largueza da vida;
o ar abundante;
a graça da locomoção;
a faculdade do raciocínio;
a fulguração da ideia;
a alegria de ver;
o prazer de ouvir;
o tesouro da palavra;
o privilégio do trabalho;
o dom de aprender;
a mesa que nos serve;
o pão que nos alimenta;
o pano que nos veste;
as mãos desconhecidas que se entrelaçam no esforço de
suprir-nos a refeição e o agasalho;
os benfeitores anônimos que nos transmitem a riqueza do conhecimento;
a conversação do amigo;
o aconchego do lar;
o doce dever da família;
o contentamento de construir para o futuro;
a renovação das próprias forças...
Muita gente está esperando lances espetaculares da
"boa sorte mundana", a fim de exprimir gratidão ao Céu.
O cristão, contudo, sabe que as bênçãos da Providência divina
nos enriquecem os ângulos mais simples de cada hora, no espaço de nossas
experiências.
Nada existe insignificante na estrada que percorremos.
Todas as concessões do Pai Celeste são preciosas no campo
de nossa vida.
Utilizando,
pois, o patrimônio que o Senhor nos empresta, no serviço incessante ao bem,
aprendamos a agradecer.
NOSSA
REFLEXÃO
Esta mensagem me lembrou que hoje cedo, antes de me levantar, eu agradeci por retornar às atividades, pela noite que passou,
sonhando muito (não lembro de nada – rss), e, principalmente, pelos cinco
sentidos que tenho, em plena efetividade. Isto é o mínimo que devemos agradecer
todos os dias. E, em tempos do coronavírus Sars-Cov-2, o olfato – como é bom
sentir o cheiro ou fedor das coisas!!
Agradecer é um dos objetivos da oração, na relação com o
Criador, além de louvar e pedir. Na oração Dominical – Pai Nosso – a sintonia
com o Pai se dá não só pela glorificação do Criador, mas também pela obediência
à Sua augusta vontade sobre a nossa perfectibilidade futura[i]. Esse sinal de obediência
vem logo depois da glorificação que é seguida dos pedidos, a começar pelo pão
de cada dia[ii].
O pedido do pão de cada dia não significa tão somente em contar
com a caridade do próximo, mas, também, e principalmente, com os meios para
obtê-lo.[iii]
Devemos levar em consideração a forma como pedimos e o que
agradecemos. Sobre a forma e a eficácia da oração, podemos encontrar em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXVII, dissertações de Allan Kardec e
os Espíritos Superiores a respeito.
Que tenhamos essa disposição em agradecer sempre,
independente do que esteja acontecendo conosco, pois nada ocorre sem a permissão
de Deus, pois suas Leis são imutáveis e nos felicitamos ou sofremos conforme os
passos e os caminhos que tomamos para chegarmos aos nossos objetivos. Que esses
sejam sempre benéficos à nossa evolução espiritual.
Que Deus nos inspire e nos ilumine em nossa estrada para
que possamos tomar sempre o caminho certo.
Domício.
Ps.: Oferecemos aos
leitores desse blog uma poesia de L. Angel.
A LEI DE ADORAÇÃO
L. Angel
28/07/2010 12/07/2020
Adoramos um deus,
Desde a antiguidade.
Não se sabe de um povo ateu
Na História das sociedades.
Para evitar os horrores da natureza,
Fazíamos cultos aos nossos deuses irados.
Doávamos sem nenhuma tristeza
O que de melhor tínhamos guardado.
Atualmente, a adoração exterior,
Para uns, ainda é imprescindível,
Mas se feita com sinceridade e amor,
Decerto que tem resultado possível.
Mas em que consiste a verdadeira adoração?
Na elevação do pensamento a Deus que nos anima,
Dizem os mentores da espírita codificação,
Que não nos deixam esquecer a reforma íntima.
[i] No prefácio da Oração Dominical, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXVIII, temos que ela “encerra uma
profissão de fé, um ato de adoração e de submissão; o pedido das coisas
necessárias à vida e o princípio da caridade”.
[ii][ii] “Se a submissão é um dever do filho para com o pai, do
inferior para com o seu superior, quão maior não deve ser a da criatura para
com o seu Criador! Fazer a tua vontade, Senhor, é observar as tuas leis e
submeter-se, sem queixumes, aos teus decretos. O homem a ela se submeterá,
quando compreender que és a fonte de toda a sabedoria e que sem ti ele nada
pode. Fará, então, a tua vontade na Terra, como os eleitos a fazem no Céu.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXVIII, Item 3, alínea III).
[iii] Pois que à lei do trabalho se acha
submetido o homem na Terra, dá-nos coragem e forças para obedecer a essa lei.
Dá-nos também a prudência, a previdência e a moderação, a fim de não perdermos
o respectivo fruto. Dá-nos, pois, Senhor, o pão de cada dia, isto é, os meios
de adquirirmos, pelo trabalho, as coisas necessárias à vida, porquanto ninguém
tem o direito de reclamar o supérfluo.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXVIII, Item 3, alínea IV).
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