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SERVIR E MARCHAR
Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e
os joelhos desconjuntados.
Paulo. (HEBREUS, 12:12.)
Se é difícil a produção de fruto sadio na lavoura comum,
para que não falte o pão do corpo aos celeiros do mundo, é quase sacrificial o serviço
de aquisição dos valores espirituais que significam o alimento vivo e imperecível
da alma.
Planta-se a semente da boa-vontade, mas obstáculos mil lhe prejudicam
a germinação e o crescimento.
É a aluvião de futilidades da vida inferior.
A invasão de vermes simbolizados nos aborrecimentos de toda
sorte.
A lama da inveja e do despeito.
As trovoadas da incompreensão.
Os granizos da maldade.
Os detritos da calúnia.
A canícula da responsabilidade.
O frio da indiferença.
A secura do desentendimento.
O escalracho da ignorância.
As nuvens de preocupações.
A poeira do desencanto.
Todas as forças imponderáveis da experiência humana como
que se conjugam contra aquele que deseja avançar no roteiro do bem.
Enquanto não alcançarmos a herança divina a que somos
destinados, qualquer descida é sempre fácil...
A elevação, porém, é obra de suor, persistência e
sacrifício.
Não recues diante da luta, se realmente já podes interessar
o coração nos climas superiores da vida.
Não obstante defrontado por toda a espécie de dificuldades,
segue para a frente, oferecendo ao serviço da perfeição quanto possuas de nobre,
belo e útil.
Recorda o conselho de Paulo e não te imobilizes.
Movimenta
as mãos cansadas para o trabalho e ergue os joelhos desconjuntados, na certeza
de que para a obtenção da melhor parte da vida é preciso servir e marchar,
incessantemente.
NOSSA REFLEXÃO
Estamos no
mundo para nos elevar na hierarquia espiritual, e elevação, como Emmanuel no diz:
“é
obra de suor, persistência e sacrifício”.
Aprendizado
requer esforço, paciência e muito trabalho. Cada prova passada é um salto na elevação
espiritual. Devemos prosseguir, mesmo diante das dificuldades intelectuais e
morais de toda sorte, como Emmanuel cita nesta mensagem.
Diante da luta,
devemos desenvolver a fé, que, segundo os Espíritos da Codificação, pode ser
humana ou divina[1].
Diante das
dificuldades, é possível que, em algum momento, podemos vir a nos sentirmos
sozinhos, sentindo a falta dos amigos mais próximos. Mas, mesmo assim, devemos
compreender que essa hora é a hora de mais compreendermos as dificuldades dos
outros. É quando devemos ser amigos de quem nos falta na hora de turbulências.
O Cristo passou por esse momento, mas, mesmo assim, perdoou a todos, pois ao
descer sabia com quem ia conviver[2]. E hoje, nós temos também
consciência, pelo o estudo do Espiritismo, de com quem convivemos: Espíritos, tal qual nós, endividados do
passado, inseguros, nas horas dos testemunhos, de exercer a fidelidade fraternal.
Que tenhamos
ânimo nas horas difíceis e sigamos com fé.
Que Deus nos
ajude.
Domício.
[2]
Vide mensagem de Emmanuel sobre essa situação em outra mensagem intitulada “Jesus
e os amigos” do livro Caminho,
Verdade e Vida, que nós refletimos também, em outro blog, de nossa autoria,
de mesmo título do livro.
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