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ANTE O OBJETIVO
Para ver se de algum modo posso chegar à
ressurreição.
Paulo (FILIPENSES,
3 :11.)
Alcançaremos o alvo que mantemos em mira:
O avarento sonha com tesouros amoedados e chega ao cofre-forte.
O malfeitor comumente ocupa largo tempo, planificando a
ação perturbadora, e comete o delito.
O político hábil anseia por autoridade e atinge alto posto
no domínio terrestre.
A mulher desprevenida, que concentra as ideias no
desperdício das emoções, penetra o campo das aventuras inquietantes.
E cada meta a que nos propomos tem o preço respectivo.
O usurário, para amealhar o dinheiro, quase sempre perde a
paz.
O delinquente, para efetuar a falta que delineia, avilta o
nome.
O oportunista, para conseguir o lugar de mando, muitas
vezes desfigura o caráter.
A mulher desajuizada, para alcançar fantasiosos prazeres,
abdica, habitualmente, o direito de ser feliz.
Se impostos tão pesados são exigidos na Terra aos que
perseguem resultados puramente inferiores, que tributos pagará o espírito que
se candidata à glória na vida eterna?
O Mestre na cruz é a resposta para todos os que procuram a
sublimidade da ressurreição.
Contemplando esse alvo, soube Paulo buscá-lo, em meio a incompreensões,
açoites, aflições e pedradas, servindo constantemente, em nome do Senhor.
Se
desejas, por tua vez, chegar ao mesmo destino, centraliza as aspirações no
objetivo santificante e segue, com valoroso esforço, na conquista do eterno
prêmio.
NOSSA REFLEXÃO
A Porta é estreita[1], mas o vislumbre depois
dela é esplendoroso. Sim, se desejamos ser feliz, não na Terra, nesse período
que ainda transita de provas e expiações para o de regeneração[2], temos que estar abertos
aos açoites e pedradas pela tomada de atitude de seguir o Mestre. Os inimigos e
os incompreensíveis ainda são de grande número, sejam do plano dos
desencarnados, como do nosso próprio. Paulo, seu Apóstolo que ressurgiu dos
escombros de sua intolerância, levou ao pé da letra, não com inconsciência, os
ditames de Jesus reunidos por Allan Kardec em O Evangelho Segundo o
Espiritismo, cap. XXIII (Moral Estranha) para destacar o que significava seguir
a Jesus na sua mais pura compreensão e submissão, pensando na felicidade futura
que, como já dissemos acima, não encontraremos aqui, por enquanto[3]. Jesus já disse na oportunidade
de sua estada entre nós que o Seu Reino não é deste mundo (João, 18:33, 36
-37).[4].
Então, devemos ter em mente que não é fácil sermos seguidores
da doutrina cristã na sua mais sublime e original versão. Contudo, é possível.
Exemplos não faltam. Sigamos!!
Que Deus nos ajude.
Domício.
Ps.
Deixo um poema de L. Angel
L. ANGEL. 04/09/2016
Quando a luta se exacerba,
E a porta se estreita,
É bom pensar que, nessa gleba,
Somos deuses – essa ideia não se rejeita.
Bem-aventurados os aflitos,
Disse o Mestre Jesus.
Não podemos esquecer esse
dito,
Pois até ele, resignado, carregou sua
cruz.
A felicidade não é desse mundo,
Dizem as Escrituras.
Elevemos nossa fé, se nos sentirmos
moribundos.
A dor e o revés têm uma razão
de ser.
Então, acreditemos na vida
futura,
Valorizando, eternamente,
nosso viver.
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