quarta-feira, 16 de agosto de 2017

OBREIROS ATENTOS

8
OBREIROS ATENTOS
Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, esse tal será bem-aventurado em seus feitos.
TIAGO, 1 :25.
O discípulo da Boa Nova, que realmente comunga com o Mestre, antes de tudo compreende as obrigações que lhe estão afetas e rende sincero culto à lei de liberdade, ciente de que ele mesmo recolherá nas leiras do mundo o que houver semeado. Sabe que o juiz dará conta do tribunal, que o administrador responderá pela mordomia e que o servo se fará responsabilizado pelo trabalho que lhe foi conferido. E, respeitando cada tarefeiro do progresso e da ordem, da luz e do bem, no lugar que lhe é próprio, persevera no aproveitamento das possibilidades que recebeu da Providência Divina, atencioso para com as lições da verdade e aplicado às boas obras de que se sente encarregado pelos Poderes Superiores da Terra.
Caracterizando-se por semelhante atitude, o colaborador do Cristo, seja estadista ou varredor, está integrado com o dever que lhe cabe, na posição de agir e servir, tão naturalmente quanto comunga com o oxigênio no ato de respirar.
Se dirige, não espera que outros lhe recordem os empreendimentos que lhe competem. Se obedece, não reclama instruções reiteradas, quanto às atribuições que lhe são deferidas na disposição regimental dos trabalhos de qualquer natureza. Não exige que o governo do seu distrito lhe mande adubar a horta, nem aguarda decretos para instruir-se ou melhorar-se.
Fortalecendo a sua própria liberdade de aprender, aprimorar-se e ajudar a todos, através da inteira consagração aos nobres deveres que o mundo lhe confere, faz-se bem-aventurado em todas as suas ações, que passam a produzir vantagens substanciais na prosperidade e elevação da vida comum.
Semelhante seguidor do Evangelho, de aprendiz do Mestre passa à categoria dos obreiros atentos, penetrando em glorioso silêncio nas reservas sublimes do Celeste Apostolado.
NOSSA REFLEXÃO
No decorrer de nossa evolução espiritual, ocupamos os diversos setores da vida social. Ora ocupamos um lugar de superioridade, ora de inferioridade. Seja na família ou no trabalho. Em cada lugar desse, passamos pelas as mais diferentes experiências que nos fazem pensar como faríamos se estivéssemos no lugar do outro. Ou seja, a posição em que ocupamos é de muito valor para nossa evolução, pois nos levar à prática da caridade, incondicionalmente.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 17 (Sede Perfeitos), item 9, François, Nicolas, Madeleine, Cardeal de Morlot nos traz uma mensagem, intitulada “Os Superiores e os Inferiores”, da qual fazemos um recorte, como segue:
O superior, que se ache compenetrado das palavras do Cristo, a nenhum despreza dos que lhe estejam submetidos, porque sabe que as distinções sociais não prevalecem às vistas de Deus. Ensina-lhe o Espiritismo que, se eles hoje lhe obedecem, talvez já lhe tenham dado ordens, ou poderão dar-lhas mais tarde, e que ele então será tratado conforme os haja tratado, quando sobre eles exercia autoridade. Se o superior tem deveres a cumprir, o inferior, de seu lado, também os tem e não menos sagrados. Se for espírita, sua consciência ainda mais imperiosamente lhe dirá que não pode considerar-se dispensado de cumpri-los, nem mesmo quando o seu chefe deixe de dar cumprimento aos que lhe correm, porquanto sabe muito bem não ser lícito retribuir o mal com o mal e que as faltas de uns não justificam as de outrem.
Que fiquemos atentos às nossas obrigações aonde formos convidados a contribuir, e ganhemos em salários do trabalhador da última hora (enquanto espíritas).
Que Deus, Jesus Cristo e nosso Anjo da Guarda, assessorados pelos mentores amigos nos ajudem a não esquecer de sermos cristãos, seja qual for a posição que estivermos.

Domício.

Nenhum comentário:

Postar um comentário