domingo, 25 de junho de 2017

MODO DE FAZER

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MODO DE FAZER
"De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”.
Paulo (FILIPENSES 2:5).
Todos fazem alguma coisa na vida humana, mas raros não voltam à carne para desfazer quanto fizeram.
Ainda mesmo a criatura ociosa, que passou o tempo entre a inutilidade e a preguiça, é constrangida a tornar à luta, a fim de desintegrar a rede de inércia que teceu ao redor de si mesma.
Somente constrói, sem necessidade de reparação ou corrigenda, aquele que se inspira no padrão de Jesus para criar o bem.
Fazer algo em Cristo é fazer sempre o melhor para todos:
Sem expectativa de remuneração. Sem exigências. Sem mostrar-se.
Sem exibir superioridade.
Sem tributos de reconhecimento. Sem perturbações.
Em todos os passos do Divino Mestre, vemo-lo na ação incessante, em favor do indivíduo e da coletividade, sem prender-se.
Da carpintaria de Nazaré à cruz de Jerusalém, passa fazendo o bem, sem outra paga além da alegria de estar executando a Vontade do Pai.
Exalta o vintém da viúva e louva a fortuna de Zaqueu, com a mesma serenidade.
Conversa amorosamente com algumas criancinhas e multiplica o pão para milhares de pessoas, sem alterar-se.
Reergue Lázaro do sepulcro e caminha para o cárcere, com a atenção centralizada nos Desígnios Celestes.
Não te esqueças de agir para a felicidade comum, na linha infinita dos teus dias e das tuas horas. Todavia, para que a ilusão te não imponha o fel do desencanto ou da soledade, ajuda a todos, indistintamente, conservando, acima de tudo, a glória de ser útil, "de modo que haja em nós o mesmo sentimento que vive em Jesus -Cristo".
NOSSA REFLEXÃO
Somos chamados, por Paulo, a viver como Jesus viveu: simples, mas determinado; consciente de um plano acima dos dele; aliás, seus planos não era dele, pois fazia tão somente à vontade[1] de Deus, por estar em sintonia com as Suas Leis. Compreendia que fomos criados para vivermos em comunhão com os semelhantes.
Nas mais diversas atividades humanas, realizamos um trabalho que tem uma inspiração a partir de uma leitura ou uma inspiração. Em nenhum trabalho estamos sozinhos a fazê-lo. Portanto, em primeiro lugar, nos inspiremos, em todos eles, pelos ensinamentos de Jesus. Pensemos qual missão do homem inteligente[2], do homem superior ou inferior[3] que deve viver em sociedade na relação com o semelhante[4] e sejamos humildes e colaborativos no nosso fazer, “porquanto todo aquele que se eleva será rebaixado e todo aquele que se abaixa será elevado”. (Lucas, 14:1 e 7 a 11).
Tenhamos, no nosso trabalho, na nossa convivência com os familiares e amigos, ou mesmo na relação fortuita com qualquer semelhante, a certeza de que somos apenas mais um numa ordem universal dirigida por um Ser Superior que tão somente deseja que sejamos uníssonos com ele, nas mais simples atividades humanas.
Que Ele nos ajude.
Domício.



[1] “Homens, irmãos a quem amamos, aqui estamos junto de vós. Amai-vos, também, uns aos outros e dizei do fundo do coração, fazendo as vontades do Pai, que está no Céu: Senhor! Senhor!... e podereis entrar no Reino dos Céus”. O Espírito de Verdade. (In: KARDEC, ALLAN. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Prefácio. Brasília: FEB, 2013).
[2] “Se Deus, em seus desígnios, vos fez nascer num meio onde pudestes desenvolver a vossa inteligência, é que quer que a utilizeis para o bem de todos; é uma missão que vos dá, pondo-vos nas mãos o instrumento com que podeis desenvolver, por vossa vez, as inteligências retardatárias e conduzi-las a Ele”. Ferdinando, Espírito Protetor (In: KARDEC, ALLAN. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. VII, item 13. Brasília: FEB, 2013).
[3] “A ninguém cabe dizer que uma coisa lhe pertence, quando lhe pode ser tirada sem seu consentimento. Deus confere a autoridade a título de missão, ou de prova, quando o entende, e a retira quando julga conveniente”. François-Nicolas-Madeleine, Cardeal Morlot. (In: KARDEC, ALLAN. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XVII, item 9. Brasília: FEB, 2013).
[4] “A perfeição está toda, como disse o Cristo, na prática da caridade absoluta; os deveres da caridade alcançam todas as posições sociais, desde o menor até o maior. Nenhuma caridade teria a praticar o homem que vivesse insulado. Unicamente no contato com os seus semelhantes, nas lutas mais árduas é que ele encontra ensejo de praticá-la. Aquele, pois, que se isola priva-se voluntariamente do mais poderoso meio de aperfeiçoar-se; não tendo de pensar senão em si, sua vida é a de um egoísta”. Um Espírito Protetor. (In: KARDEC, ALLAN. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XVII, item 10. Brasília: FEB, 2013).

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