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ANTE A LIÇÃO
Considera o que te digo, porque o Senhor te
dará entendimento em tudo.
Paulo. II TIMÓTEO (2: 7).
Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação
sobre as luzes que recebes.
Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga
as estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não
lhe percebe as notas divinas.
Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores
ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade
bendita daquela.
Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade
de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas
revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida,
demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.
Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho
à janela para que o sol nos visite.
Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos
responderá com as suas graças.
O apóstolo dos gentios é claro na observação.
"Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em
tudo." Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.
Estejamos,
pois, convencidos de que, prestando atenção aos apontamentos do Código da Vida
Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em
tudo.
NOSSA REFLEXÃO
No nosso entendimento, o Senhor a quem Paulo se referiu,
nessa passagem evangélica, era o Cristo, do qual era seguidor fiel e o tinha
como inspiração imediata, antes de Deus. Lembramos, também, que o Cristo quando
nos falava, também fazia a mesma exortação em relação ao Senhor que estava imediatamente
superior a Ele: Deus.[1]
Então, ao considerar o que Paulo dizia, aqueles que o
escutava, estaria, segundo ele, escutando a Jesus. Cabe ressaltar o que
significa “considerar”, segundo Emmanuel: “examinar, atender, refletir e
apreciar”.
Sabemos nós que toda a Lei de Deus está gravada em nossa
consciência[2].
No entanto, nos desviamos dela, e a ignoramos usando de nosso livre arbítrio,
concedido por nosso Pai. Então, foi necessário que fôssemos lembrados, paulatinamente, primeiro pelos Profetas, segundo por Moisés, e em seguida pelo
Filho maior, o Cristo, que, entendendo que não era suficiente, enviou o
Consolador que é a Doutrina dos Espíritos, ou o Espiritismo.
Concluindo, precisamos estar atentos ao que está escrito
nas Palavras das Escrituras, particularmente àquelas contidas nos Evangelhos, examinando-as,
refletindo-as, apreciando-as e, principalmente, atendendo-as.
Desse modo, estaremos voltando à Lei e teremos entendido
com propriedade o que o Pai considerou, quando nos criou, como sinais de
perfeição que deveríamos seguir para sermos semelhantes a Ele, em todos os seus
atributos.
Que Ele nos ajude.
Domício.
[1] Eu sou o caminho, e a verdade e a
vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim (João 14:6). [...] As
palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim,
é quem faz as obras (João, 14:10).
[2] O Livro dos Espíritos, questão 621: Onde está escrita a lei de Deus? “Na consciência.” a) Visto que o homem traz em sua consciência a lei de Deus, que necessidade havia de lhe ser ela revelada? “Ele a esquecera e desprezara. Quis então Deus lhe fosse lembrada.”
[2] O Livro dos Espíritos, questão 621: Onde está escrita a lei de Deus? “Na consciência.” a) Visto que o homem traz em sua consciência a lei de Deus, que necessidade havia de lhe ser ela revelada? “Ele a esquecera e desprezara. Quis então Deus lhe fosse lembrada.”
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