domingo, 2 de junho de 2019

AUSENTES


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AUSENTES
Ora, Tomé, um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio.
João (20:24).
Tomé, descontente, reclamando provas, por não haver testemunhado a primeira visita de Jesus, depois da morte, criou um símbolo para todos os aprendizes despreocupados das suas obrigações.
Ocorreu ao discípulo ausente o que acontece a qualquer trabalhador distante do dever que lhe cabe.
A edificação espiritual, com as suas bênçãos de luz, é igualmente um curso educativo.
O aluno matriculado na escola, sem assiduidade às lições, apenas abusa do estabelecimento de ensino que o acolheu, porquanto a simples ficha de entrada não soluciona o problema do aproveitamento. Sem o domínio do alfabeto, não alcançará a silabação. Sem a posse das palavras, jamais chegará à ciência da frase.
Prevalece idêntico processo no aprimoramento do espírito.
Longe dos pequeninos deveres para com os irmãos mais próximos, como habilitar-se o homem para a recepção da graça divina? Se evita o contato com as obrigações humildes de cada dia, como dilatar os sentimentos para ajustar-se às glórias eternas?
Tomé não estava com os amigos quando o Mestre veio. Em seguida, formulou reclamações, criando o tipo do aprendiz suspeitoso e exigente.
Nos trabalhos espirituais de aperfeiçoamento, a questão é análoga.
Matricula-se o companheiro, na escola de vida superior, entretanto, ao invés de consagrar-se ao serviço das lições de cada dia, revela-se apenas mero candidato a vantagens imediatas.
Em geral, nunca se encontra ao lado dos demais servidores, quando Jesus vem; logo após, reclama e desespera.
A lógica, no entanto, jamais abandona o caminho reto.
Quem desejar a bênção divina, trabalhe por merecê-la.
O aprendiz ausente da aula não pode reclamar benefícios decorrentes da lição.
NOSSA REFLEXÃO
Devemos estar atentos a todas as oportunidades de aprendizado com o Cristo. Creio que aí está o status de vigilância ligado à oração. Jesus está em toda parte. E somos convidados a todo instante a sermos seus discípulos. Toda hora constitui-se a “última hora”(Mateus, 20: 1-16)[1] para todos nós.
Desta forma, devemos persistir em sermos assíduos e pontuais nas tarefas espíritas da casa a que somos filiados. Disciplina é o status de todo aquele que deseja merecer a benção divina, como Emmanuel nos fala nesta mensagem, ora refletida por nós.
De outro modo, somos matriculados, ao nascermos, em uma das escolas do Sistema Solar, chamada Terra. Aulas, temos todos os dias na relação com os semelhantes. Devemos estar atentos a tudo que passa ao nosso redor, pois em qualquer lugar e momento, Jesus está presente na figura do necessitado, do desequilibrado, do superior, do inferior e do elevado espiritualmente. A aula sempre será em campo aberto, como o Cristo o fez, ao estar conosco. Ele ia ao encontro das massas. É claro que, só o fato de saberem onde Ele estava, as pessoas se dirigiam a Ele. Todavia, Ele disse que quando quiséssemos estar com Ele, bastava fazer o bem àqueles mais necessitados (Mateus, 25: 31-46)[2]. Muitos faltaram a essa aula e até hoje se encontram distante do Filho de Deus.
Que tenhamos a consciência que temos que fazer nossa parte para que o Cristo nos utilize para sermos seus tarefeiros, enquanto vivermos nesse mundo que ainda é de provas e expiações (João, 14:1 a 3.)[3].
Que Deus nos ajude.
Domício.

[2] Vide O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 15 , Item 3.
[3] Vide O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 3, Itens 13 a 15.

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