domingo, 1 de julho de 2018

ELUCIDAÇÕES


55
ELUCIDAÇÕES
Porque não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.
Paulo. (II CORÍNTIOS, 4 :5.)
Nós, os aprendizes da Boa Nova, quando em verdadeira comunhão com o Senhor, não podemos desconhecer a necessidade de retraimento da nossa individualidade, a fim de projetarmos para a multidão, com o proveito desejável, os ensinamentos do Mestre.
Em assuntos da vida cristã, propriamente considerada, as únicas paixões justificáveis são as de aprender, ajudar e servir, porquanto sabemos que o Cristo é o Grande Planificador das nossas realizações.
Se recordarmos que a supervisão dele age sempre em favor de quanto possamos produzir de melhor, viveremos atentos ao trabalho que nos toque, convencidos de que a sua pronunciação permanece invariável nas circunstâncias da vida.
A nossa preocupação fundamental, em qualquer parte, portanto, deve ser a da prestação de serviço em Seu Nome, compreendendo que a pregação de nós mesmos, com a propaganda dos particularismos peculiares à nossa personalidade, será a simples interferência do nosso "eu" em obras da vida eterna que se reportam ao Reino de Deus.
Escrevendo aos coríntios, Paulo define a posição dele e dos demais apóstolos, como sendo a de servidores da comunidade por amor a Jesus. Não existe indicação mais clara das funções que nos cabem.
A chefia do Divino Mestre está sempre mais viva e a programação geral dos serviços reservados aos discípulos de todas as condições permanece estruturada em seu Evangelho de Sabedoria e de Amor.
Procuremos as bases do Cristo para não agirmos em vão.
Ajustemo-nos à consciência do grande Renovador, a fim de não sermos tentados pelos nossos impulsos de dominação, porque, em todos os climas e situações, o companheiro da Boa-Nova é convidado, chamado e constrangido a servir.
NOSSA REFLEXÃO
Essa mensagem deve ser lida por qualquer cristão, como um trabalhador de uma seara cujo Administrador é o Senhor Jesus. Neste caso, consideramos que a Seara é qualquer lugar em que o trabalhador-cristão se encontre. Como diz Emmanuel, nesta exortação: “Ajustemo-nos à consciência do grande Renovador, a fim de não sermos tentados pelos nossos impulsos de dominação, porque, em todos os climas e situações (grifos nossos), o companheiro da Boa-Nova é convidado, chamado e constrangido a servir”.
Então, há uma administração divina em todos os setores da vida humana. Os cristãos, e, em particular, nós espíritas, devemos estar a postos para o serviço, como trabalhadores da última hora[1],porque a qualquer momento somos chamados ao serviço da Justiça, do Amor e da Caridade.[2]
Que Deus faça calar em nós a vaidade, o personalismo, em toda as nossas atividades humanas. Em nome de Jesus.
Domício.


[1] “O obreiro da última hora tem direito ao salário, mas é preciso que a sua boa vontade o haja conservado à disposição daquele que o tinha de empregar e que o seu retardamento não seja fruto da preguiça ou da má vontade. Tem ele direito ao salário, porque desde a alvorada esperava com impaciência aquele que por fim o chamaria para o trabalho. Laborioso, apenas lhe faltava o labor”. Allan Kardec in O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XX, item 2.
[2] Vide O Livro dos Espíritos, Livro Terceiro, Cap. XII – Da Lei de Justiça, de Amor e de Caridade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário