domingo, 17 de dezembro de 2017

DESTRUIÇÃO E MISÉRIA

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DESTRUIÇÃO E MISÉRIA
Em seus caminhos há destruição e miséria.
Paulo. (ROMANOS 3:16).
Quando o discípulo se distancia da confiança no Mestre e se esquiva à ação nas linhas do exemplo que o seu divino apostolado nos legou, preferindo a senda vasta de infidelidade à própria consciência, cava, sem perceber, largos abismos de destruição e miséria por onde passa.
Se cristaliza a mente na ociosidade, elimina o bom ânimo no coração dos trabalhadores que o cercam e estrangula as suas próprias oportunidades de servir.
Se desce ao desfiladeiro da negação, destrói as esperanças tenras no sentimento de quantos se abeiram da fé e tece vasta rede de sombras para si mesmo.
Se transfere a alma para a residência escura do vício, sufoca as virtudes nascentes nos companheiros de jornada e adquire débitos pesados para o futuro.
Se asila o desespero, apaga o tênue clarão da confiança na alma do próximo e chora inutilmente, sob a tormenta de lágrimas destrutivas.
Se busca refúgio na casa fria da tristeza, asfixia o otimismo naqueles que o acompanham e perde a riqueza do tempo, em lamentações improfícuas.
A determinação divina para o aprendiz do Evangelho é seguir adiante, ajudando, compreendendo e servindo a todos.
Estacionar é imobilizar os outros e congelar-se.
Revoltar-se é chicotear os irmãos e ferir-se.
Fugir ao bem é desorientar os semelhantes e aniquilar-se.
Desventurados aqueles que não seguem o Mestre que encontraram, porque conhecer Jesus Cristo em espírito e viver longe dele será espalhar a destruição, em torno de nossos passos, e conservar a miséria dentro de nós mesmos.
NOSSA REFLEXÃO
Infeliz, essa possibilidade de além de não contribuir com a obra do Mestre, reter a si mesmo na senda espiritual.
Somos, conhecedores do Espiritismo, e, particularmente, do Evangelho Segundo o Espiritismo. Então, muito somos compromissados com o nosso conhecimento. Como Emmanuel nos esclarece sobre a nossa invigilância, quando nos lembra da invigilância de Pedro, nas últimas horas do Cristo entre nós[1], somos cotidianamente pegos traindo nossos princípios adquiridos, desatendendo ao que esses princípios nos norteiam. É o momento da prova e de crescimento, fortalecimento da fé. Todos somos chamados ao fogo da fé. No aprendizado, somos graduados na escala espiritual. O Cristo não conta somente com Espíritos Superiores para levar a cabo sua missão de conduzir seu rebanho ao Reino do Senhor. Nossa aprendizagem é colaborativa. Em sua mensagem, como O Espírito de Verdade, ele nos afirmou: “Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram.”[2] Este recado tem uma advertência em relação aos trabalhadores espíritas para não dar curso aos descaminhos que foram dados a sua Boa Nova ao longo dos tempos e ainda está se dando. Recado para o movimento espirita, já que ele é desenvolvido por humanos.
Que sejamos vigilantes para não cairmos na tentação de trabalhar contra o Mestre. Que sejamos fiéis às suas advertências por trás de seus ensinamentos, lembrando sempre que os trabalhadores são chamados (homens de boa fé podem ser chamados na última hora – essa é a nossa hora[3]), e todos, indistintamente, são chamados para as festas do Reino, mas pouco são escolhidos na passagem pela porta estreita do mesmo[4].
Que Deus nos ajude a manter a vigilância e a fé no Mestre.
Domício.



[1] Vide em http://caminhovvida.blogspot.com.br/2014/04/o-fracasso-de-pedro.html.
[2] Vide em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.VI, item 5.
[3] Vide Capítulo XX de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
[4] Vide capítulo XVIII de o Evangelho Segundo o Espiritismo.

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