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VIVER EM PAZ
Vivei em paz.
Paulo
(II Coríntios, 13:11).
Mantém-te em paz.
É provável que os outros te guerreiem gratuitamente,
hostilizando-te a maneira de viver; entretanto, podes avançar em teu roteiro,
sem guerrear a ninguém.
Para isso, contudo – para que a tranquilidade te banhe o
pensamento –, é necessário que a compaixão e a bondade te sigam todos os passos.
Assume contigo mesmo o compromisso de evitar a exasperação.
Junto da serenidade, poderás analisar cada acontecimento e
cada pessoa no lugar e na posição que lhes dizem respeito.
Repara, carinhosamente, os que te procuram no caminho...
Todos os que surgem, aflitos ou desesperados, coléricos ou desabridos,
trazem chagas ou ilusões. Prisioneiros da vaidade ou da ignorância, não
souberam tolerar a luz da verdade e clamam irritadiços... Unge-te de piedade e
penetra-lhes os recessos do ser, e identificarás em todos eles crianças
espirituais que se sentem ultrajadas ou contundidas.
Uns acusam, outros choram.
Ajuda-os, enquanto podes.
Pacificando-lhes a alma, harmonizarás, ainda mais, a tua
vida.
Aprendamos a compreender cada mente em seu problema.
Recorda-te de que a Natureza, sempre divina em seus
fundamentos, respeita a lei do equilíbrio e conserva-a sem cessar.
Ainda mesmo quando os homens se mostram desvairados, nos conflitos
abertos, a Terra é sempre firme e o Sol fulgura sempre.
Viver
de qualquer modo é de todos, mas viver em paz consigo mesmo é serviço de
poucos.
NOSSA REFLEXÃO
Nós precisamos manter aquela tranquilidade quando os
petardos, torpedos mentais vindos de alguém em desequilíbrio, sofredor por algum motivo
que lhe atinge a alma, quem sabe a milênios, nos atingem inesperadamente ou
mesmo de modo esperado.
Como nos adverte o Espírito Emmanuel, nessa mensagem que
ora refletimos, “viver de qualquer modo é de todos, mas viver em paz consigo mesmo
é serviço de poucos.”
Tenhamos a consciência que vivemos em um ambiente, em que
fomos colocados a conviver com outros, para que cresçamos, também, na arte de
manter a nossa paz interior. Só os equilibrados podem, de fato, auxiliar os que
ainda estão em desequilíbrios. Não podemos fugir a essa realidade. Como nos
ensina Um Espírito Protetor em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVII, Item 10:
Sois
chamados a estar em contato com espíritos de naturezas diferentes, de
caracteres opostos: não choqueis a nenhum daqueles com quem estiverdes. Sede
joviais, sede ditosos, mas seja a vossa jovialidade a que provém de uma
consciência limpa, seja a vossa ventura a do herdeiro do Céu que conta os dias
que faltam para entrar na posse da sua herança.
Assim, devemos pensar um pouco mais antes de responder a
uma ofensa, a um desequilíbrio manifestado por alguém. Antes que reclamar ou
responder, com desequilíbrio, a um desequilíbrio, lembremos de que é um momento
de exercer uma paz interior e ajudar quem precisa. Isto é, como o Espírito
Emmanuel nos faz lembrar, nesta mensagem:
Todos
os que surgem, aflitos ou desesperados, coléricos ou desabridos, trazem chagas
ou ilusões. Prisioneiros da vaidade ou da ignorância, não souberam tolerar a
luz da verdade e clamam irritadiços... Unge-te de piedade e penetra-lhes os
recessos do ser, e identificarás em todos eles crianças espirituais que se
sentem ultrajadas ou contundidas.
Sejamos tal qual um Paramédico ou Enfermeiro de plantão,
pois esses auxiliam emergencialmente para depois tomar as devidas informações do
paciente para auxiliar mais.
Que estejamos prontos para não perder a nossa serenidade,
em qualquer situação que seja. Sejamos brandos e pacíficos em qualquer momento,
pois conforme Um Espírito amigo:
A
paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada
pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres
é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente,
muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho
para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.[1]
Que Deus nos ajude.
Domício.
[1] O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. IX, Item 7.
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